Lei proposta pelo senador Otto Alencar reduz ataques a bancos
Levantamento do Sindicato dos Bancários da Bahia mostra que de 44 casos, em 2017, as ocorrências de explosão de caixas eletrônicos na Bahia caíram para 2 este ano (em 2018 ocorreram 36, 17 em 2019, 10 em 2020 e em 201 foram 4). Um dos motivos para essa diminuição foi a aprovação no Congresso Nacional e entrada em vigor, em abril de 2018, da lei 13.654, de autoria do senador Otto Alencar, que ampliou a pena de detenção para quem comete esse tipo de crime e obrigou os bancos a instalarem mecanismos que inutilizem as cédulas em caso de arrombamentos ou explosões.
“Essa lei é fundamental e contribui para redução do número de ocorrências de explosões em agências bancárias. A inutilização das cédulas, por parte dos bancos, é essencial para que os bandidos não levem o dinheiro. Isso torna infrutífera a ação dessas quadrilhas que são cada vez mais organizadas. O aumento da pena também foi essencial”, explicou o presidente do sindicato, Augusto Vasconcelos.
Ainda segundo ele, a luta agora é para assegurar a reabertura das agências nas cidades que sofreram esse tipo de ataque. “Nós consideramos que é importante também lutarmos, junto com o senador Otto Alencar, para assegurar a reabertura dessas agências e a gente conta com ele nessa batalha”, disse.
Novo Cangaço
De acordo com o senador Otto Alencar, os municípios de Antas e Aramari estão entre os que ficaram sem agências bancárias depois de terem sido assaltadas. “Minha luta é para que o banco seja reaberto, como nessas cidades e tantas outras que isso veio a acontecer. Além disso, conversei recentemente com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ele me afirmou que está obrigando todos os bancos a colocarem, sob pena de infringir a lei e serem multados, os dispositivos de inutilização das cédulas”, falou Alencar.
Para ele, era necessária uma ação para frear o chamado Novo Cangaço. “Tomei a iniciativa com a Lei 13.654/2018, que aumentou a pena do criminoso em dois terços e passou a obrigar os bancos a colocarem um dispositivo que tinge as cédulas. Se o bandido arrombar o banco ele vai saber que as cédulas estarão inutilizadas, ou seja, não poderá usar esse dinheiro”, resumiu Alencar.
Ascom