Geomanta protege mais de 250 famílias em área de Castelo Branco
As ações para prevenir os efeitos das chuvas alcançaram mais uma área de risco da capital baiana, após a aplicação de uma geomanta no Caminho 4, na 5ª Etapa (Creche), em Castelo Branco. A estrutura foi entregue nesta sexta-feira (29), com as presenças do prefeito Bruno Reis e do diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macêdo.
O prefeito destacou que o programa de proteção está avançando em Salvador e deve atingir 400 localidades até o fim deste ano. “Já protegemos 238 áreas com geomantas, temos mais 14 em execução e diversas outras em fase de vistoria. Além disso, outras áreas de risco seguem protegidas com solo grampeado e cortina atirantada”.
Com 2 mil m² de área, a proteção deu mais tranquilidade e segurança aos moradores que vivem próximo à encosta, permitindo impermeabilização do talude para evitar que futuros deslizamentos de terra ocorram. A obra teve investimento de R$392 mil e beneficia 252 famílias. Somente na regional de Cajazeiras, na qual Castelo Branco faz parte, mais de dez geomantas já foram instaladas – a última delas havia sido entregue em maio passado, no próprio bairro, na 3ª Etapa.
A aplicação de geomanta ocorre desde 2016 na capital baiana e tem sido uma das estratégias de enfrentamento aos desastres naturais. Por meio dessa iniciativa, mais de 230 áreas de risco já foram protegidas com a proteção, que é formada por composto PVC e geotêxtil com cobertura de argamassa jateada.
A auxiliar administrativa Cleonildes Oliveira, de 39 anos, moradora há duas décadas no local, explica que antes da geomanta, a sensação de medo era constante. “Era uma situação muito difícil. Noites de terror quando chovia, ninguém dormia, com medo da encosta desabar. Neste período, inclusive, a questão do aluguel social foi muito importante, e nas horas mais críticas não ficamos muito tempo aqui. Agora, com a geomanta, teremos noites de paz, sono e tranquilidade “.
Monitoramento – A Codesal monitora 18 mil m² de áreas de risco e, conforme o diagnóstico realizado pelas equipes em campo, as localidades que mais necessitam da aplicação da tecnologia têm sido alcançadas.
As geomantas são extremamente seguras e sempre passam por manutenção cotidiana, mas nem toda a situação comporta o uso da técnica. Os engenheiros fazem a análise e apontam a possibilidade da instalação da estrutura a partir da análise de inclinação do talude, entre outros critérios.
Outras alternativas são as construções de contenções definitivas de solo grampeado ou cortina atirantada. Cerca de 120 localidades da capital baiana receberam essas intervenções, de acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra).
Foto: Betto Jr.
SECOM