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Maioria não quer Lula nem Bolsonaro no Planalto, diz Idea Big Data

Os elementos presentes na sociedade brasileira em 2022 fazem com que o País entre na campanha eleitoral mais dividido, menos confiante no processo que escolherá o novo presidente Maurício Moura, fundador e presidente do Idea Big Data e pesquisador da George Washington University. E mais propício a viver episódios de violência. A tese é de Maurício Moura, presidente do instituto Idea Big Data e pesquisador da Universidade George Washington. “Não é uma eleição normal. Se encararmos como uma eleição normal, vamos ter problemas.”

Em pesquisa do início de abril do Idea Big Data, 57% dos entrevistados disseram que Jair Bolsonaro não merece ser reeleito e 52% responderam que Luiz Inácio Lula da Silva não merece voltar à Presidência. “Há uma polarização, uma descrença no processo, um sentimento raivoso evidente”, disse o pesquisador ao Estadão.

Maurício falou também sobre variáveis que tornam a eleição presidencial deste ano mais acirrada e polarizada do que as anteriores.

“Esta não será uma eleição padrão. Existe uma polarização entre duas forças muito fortes na opinião pública. A primeira é o antipetismo, que ocupa as eleições presidenciais desde 1989. Na reta final do primeiro turno, algum candidato acaba sendo o depositário desse antipetismo. Dependendo da maneira que você pergunta e da pesquisa que acessa, estamos falando de 40% a 45% do eleitorado com rejeição ao PT. E existe a força antibolsonarista, que é principalmente antigoverno”, destacou o pesquisador.

“Hoje, o Brasil tem um governo com grau de reprovação maior do que aprovação. É um evento raro na reeleição. Essas duas forças, a anti- PT e a antigoverno, tornam a eleição amplamente polarizada e bastante apertada. Há outro indicador fora do padrão: somados os que falam espontaneamente o nome de um candidato nas pesquisas, temos 60% do eleitorado. Em agosto, isso poderá representar mais de 75% do eleitorado. Significa ter 75% dos eleitores que entram na campanha com um nome já na cabeça. Em abril de 2018, tínhamos 35% do eleitorado com resposta para a pesquisa espontânea de intenção de voto. Desta vez, vamos para a campanha com pouco espaço de convencimento”, completou.

(IG)

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