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Em final histórica, Atlético e Jacuipense decidem título do Baianão

O futebol da Bahia terá dias históricos pela frente. Pela primeira vez em 118 edições, o título do Campeonato Baiano irá para um clube do interior por dois anos consecutivos. Atual campeão, o Atlético de Alagoinhas está no páreo pelo bi, mas terá que brigar pelo troféu com o Jacuipense.

A final será disputada em jogos de ida e volta, e o primeiro é neste domingo (3), às 16h, no Carneirão, em Alagoinhas. O encontro definitivo está marcado para o dia 10, no mesmo horário, no Valfredão, em Riachão do Jacuípe.

As partidas, aliás, botam frente a frente um estreante em decisões contra um veterano. Com 56 anos desde sua fundação, o Jacuipense chega para a final pela primeira vez. Antes, a melhor campanha havia sido um 4º lugar, no Baianão de 2020. Naquela edição, o time se classificou com a última vaga do G4, mas caiu nas semis para o Bahia.

Dessa vez, a equipe de Riachão de Jacuípe avançou ao mata-mata com a melhor campanha na fase de grupos: sete vitórias e duas derrotas. O ótimo desempenho, somado às semifinais, garantiu ao Leão do Sisal a vantagem de decidir o título em casa. No total, unindo as etapas, foram 25 pontos conquistados, com oito triunfos, um empate e duas derrotas, além do melhor ataque até aqui: 20 gols.

Treinado por Rodrigo Chagas, o Jacuipense tem como um dos principais destaques o meia Jeam, autor de quatro gols no torneio. Outro nome importante do elenco é o atacante Welder. Foi dele o gol na partida de volta da semi, que colocou o Leão na decisão. Na ida, a equipe havia ficado no 0x0 com o Barcelona de Ilhéus.

O veterano
Se o Jacuipense é um novato em finais de Baianão, do outro lado há uma equipe que sabe bem o que é essa pressão. O Atlético de Alagoinhas está em sua terceira decisão seguida, algo inédito.

Disputado de forma ininterrupta desde 1905, o torneio nunca teve um time do interior jogando três finais em sequência. Além do título do ano passado, o Carcará foi vice-campeão em 2020 (o vencedor foi o Bahia).

Se faturar a taça mais uma vez, o Atlético se tornará o segundo bicampeão do interior, se juntando ao Fluminense de Feira (1963 e 1969). No entanto, mais que isso, iria virar o primeiro clube fora de Salvador a conquistar dois títulos em sequência.

Um dos nomes mais importantes do elenco do técnico Agnaldo Liz é o meia Miller. O jogador – que já tem pré-contrato assinado com o Vitória – lidera a artilharia do Baianão, com cinco gols. Logo atrás, com quatro, está outro destaque: o atacante Thiaguinho, que fez os dois tentos na fase passada, nos triunfos por 1×0 sobre o Bahia de Feira.

O Atlético, por sinal, balançou as redes rivais 19 vezes ao longo do campeonato. Somando a fase de grupos com as semifinais, foram 23 pontos conquistados, com sete vitórias, dois empates e somente duas derrotas.

Ser campeão vale ainda mais do que levantar o cobiçado troféu. O vencedor também garante vaga direta na fase de grupos da Copa do Nordeste da temporada 2023. Vale lembrar que o gol marcado fora de casa não tem peso nos jogos finais. Em caso de empate no placar agregado dos confrontos, o título será decidido nos pênaltis.

Essa é a sexta vez que uma equipe do interior vai levantar a taça. As outras foram Fluminense de Feira (1963 e 1969), Colo Colo (2006), Bahia de Feira (2011) e o próprio Atlético de Alagoinhas (2021).

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