Obras do Prodetur na Baía de Todos-os-Santos estão estágio avançado
Palco de um dos melhores finais de tarde de Salvador, o Solar do Unhão, onde está instalado o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), passa por obras de requalificação do restaurante e do píer que dará acesso a embarcações que chegarão por via marítima. As ações em curso integram o Prodetur Bahia, que visa fomentar o turismo náutico e cultural nos municípios do entorno da Baía de Todos-os-Santos.
Na tarde desta sexta-feira (26), o secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, acompanhou o andamento das obras junto ao engenheiro Hildegardo Nogueira e à arquiteta Liana Oliveira, da empresa Belov Engenharia. A visita também teve a presença de Jussara Caires, do Consórcio Eicomnor, responsável pela fiscalização das intervenções do Prodetur. “Este será mais um grande point e vai reforçar a atração de turistas e baianos para este importante conjunto arquitetônico da época colonial”, disse Franco.
Com conclusão prevista para abril, entre 60 e 65% do serviço já foi executado, tendo, neste momento, a atuação de 51 profissionais – até o meados de março serão 58. A utilização da área, assim como em outros equipamentos requalificados pela Secretaria de Turismo da Bahia (Setur) por meio do Prodetur, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será feita por meio de licitação pública.
Agenda
Durante a semana, Fausto Franco conferiu o andamento das obras da Marina da Penha (60%), no bairro da Ribeira, em Salvador, da Marina de Itaparica (80%) e do terminal náutico de Botelho (75%), na Ilha de Maré. “Os prazos estão se aproximando e é preciso acompanhar de perto essas intervenções que vão remodelar o turismo náutico na Baía de Todos-os-Santos, que é a maior do país e segunda maior do mundo”, enfatiza o secretário.
Solar do Unhão
De acordo com o historiador e assessor especial da Setur, Rafael Dantas, o antigo Solar do Unhão é uma das mais importantes construções da época colonial na capital baiana. O atual solar e igreja preservam traçados dos séculos XVIII e XIX.
A área já pertenceu a Gabriel Soares de Souza; no século XVI, a Pedro Unhão e a família Carvalho de Albuquerque, desempenhando funcionalidade de residência e atividades comerciais. Ao longo do século XIX e início do XX foi fábrica e trapiche. Durante a Segunda Guerra Mundial foi utilizado pelos fuzileiros navais, e na década de 40 foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Sob posse do Estado da Bahia virou Museu de Arte Moderna. Na época, a arquiteta Lina Bo Bardi comandou as obras. O MAM foi inaugurado na década de 60. Já o belíssimo Parque das Esculturas, que fica ao lado, foi inaugurado no final da década de 90.
Ascom/ Setur