Mineradoras optam por frete rodoviário
Cerca de seis milhões de toneladas de minérios foram extraídos na Bahia em áreas situadas a menos de 50 quilômetros da Ferrovia Centro-Atlântica, em 2020, mas as mineradoras têm preferido o transporte por caminhão, em razão do custo considerado alto do frete ferroviário.
Gnaisse, para produção de gesso; calcário, matéria-prima do cimento; magnesita, quartzo e o granito da construção civil são os cinco maiores volumes de carga, mas há também cromo e vanádio (ligas de aço) e cobre, necessário na fabricação de fios e cabos.
Para o atual presidente da Mineração Caraíba, Manoel Valério, a revitalização da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) é fundamental para reduzir os custos de transporte da empresa e viabilizar novos investimentos.
– Antigamente, o nosso concentrado de cobre era escoado pela ferrovia. Mas o custo ficou simplesmente inviável em relação ao transporte rodoviário – disse Valério.
Contrassenso – Seria um contrassenso, segundo Manoel Valério, pois a ferrovia em questão poderia transportar não só produtos de mineradoras, mas também agropecuários e combustíveis, entre outros.
Também poderia escoar pela ferrovia a produção mineral comercializada de Brumado, no sudoeste baiano, calculada em 1,2 milhão de toneladas, em 2020, segundo dados divulgados pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral.
O município detém a terceira maior mina de magnesita a céu aberto do mundo e está em segundo lugar entre as jazidas de talco, além de importante produtora de granito, com possibilidade de ampliação do número de minério extraído este ano.(Tempo Presente)