Bitcoin sofre a pior queda semanal dos últimos meses
A Bitcoin chegou à sua maior desvalorização semanal desde setembro de 2020 ao fim da última sexta (22), quando a criptomoeda havia registrado uma perda de 12%. No acumulado dos últimos sete dias, a queda foi de 11%, de acordo com a Reuters.
A principal razão para a acentuada desvalorização seria um suposto erro no blockchain da moeda digital, possibilitando o uso de parte de um bitcoin duas vezes, conforme relato divulgado no Twitter pela empresa BitMEX Research, especializada em monitoramento de negociações de criptomoedas.
Esse gasto duplo no bitcoin teria ocorrido no bloco 666.833, minerado na última quarta-feira (20). A negociação envolveria uma quantia baixa, de 0,00062063 BTC, o equivalente a aproximadamente US$ 21 (ou R$ 114 em conversão direta, pela cotação do dia), segundo a equipe de monitoramento. As informações estão no tweet abaixo.
A transação em duplicidade não chegou a ser confirmada. Mas para o analista da IG Markets Kyle Rodda, o simples relato da possibilidade de erro foi o suficiente para despertar a preocupação em relação à segurança da plataforma entre os usuários, desencadeando a venda de bitcoins. “O rebanho provavelmente olhou para isso e achou que parecia assustador e chocante e decidiu que agora é a hora de vender”, comentou.
Possibilidade de novas regras regulamentadoras
A escolha da economista e professora Janet Yellen como Secretária do Tesouro dos Estados Unidos no governo de Joe Biden também vem sendo apontada por especialistas como uma das causas da pior queda no valor do bitcoin nos últimos meses.
Na última terça-feira (19), Yellen afirmou que muitas moedas digitais são utilizadas para “financiamentos ilícitos”, pois não exigem a identificação dos usuários, facilitando as ações de grupos terroristas e outros tipos de criminosos.
Diante disso, ela sugeriu ser necessário criar formas de restringir o uso do dinheiro eletrônico, por meio da elaboração de novas normas de regulamentação da criptomoeda, para garantir que a lavagem de dinheiro não ocorra nas transações digitais.
(Tecmundo)