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Muralhas do Frontispício é mais novo ponto requalificado no Centro Histórico

Um dos símbolos da fundação da primeira capital do Brasil e cartão-postal na chegada à cidade pela Baía de Todos-os-Santos, a Muralha do Frontispício, que protege o trecho entre a Praça Castro Alves e a Ladeira da Misericórdia, é mais um importante local do Centro Histórico de Salvador que foi completamente recuperado após obras realizadas pela Prefeitura. Com investimento de R$4,6 milhões aplicados em uma extensão de 1,1km, a intervenção foi feita com recursos próprios, a partir de projeto cedido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan).

Presente no local nesta segunda-feira (9), o prefeito ACM Neto ressaltou que esta é mais uma intervenção que contribui para mudar a fotografia do Centro Histórico, resgatando um patrimônio que há muito tempo estava esquecido. “Desde 1505, não há notícia de uma intervenção tão ampla quanto esta, compondo com muito mais beleza esse cartão-postal que é um dos mais conhecidos da cidade no Brasil e no mundo”, disse.

A intervenção envolveu a recuperação das muralhas existentes e das muretas, consolidação e estabilização estrutural, além da requalificação do belvedere e implantação de uma nova praça na Ladeira da Misericórdia. Também foram restaurados o obelisco e a balaustrada da Praça Castro Alves.

O local ganhou, ainda, iluminação cênica das muralhas e praças e instalação de novos postes na Ladeira da Misericórdia, tornando o local ainda mais bonito e com maior sensação de segurança. O entorno também passou por obras de pintura – inclusive nas fachadas dos casarões – e recuperação da pavimentação.

Também estiveram presentes na ocasião o secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luciano Sandes; a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, e o superintendente do Iphan na Bahia, Bruno Tavares.

História – Os primeiros paredões da Muralha do Frontispício foram construídos em abril de 1549, em taipa de pilão, para proporcionar a segurança dos novos habitantes desta parte alta da cidade, área escolhida pelo então governador-geral Thomé de Souza para iniciar a ocupação de Salvador. Nos séculos seguintes, foi alvo de sucessivas construções e momentos. Pode ser vista em diversos pontos do Centro Histórico, tanto na Cidade Alta quanto na Cidade Baixa.

“Essa falha geológica sempre sofreu com escorregamentos de terra, com alguns incidentes sérios. Com a evolução e crescimento da cidade, foram sendo construídas essas muralhas, que serviram não apenas para contenção, mas também para construção das ladeiras da Misericórdia, Montanha e Preguiça. Esse projeto de requalificação é importante não apenas pela preservação da história, mas também pela preservação da estrutura”, relatou Bruno Tavares.

Renovação e preservação – A nova Muralha do Frontispício também se soma a outras requalificações em áreas vizinhas, realizadas pela Prefeitura nestes últimos anos. Dentre elas estão a Praça Castro Alves, Avenida Sete de Setembro, escadaria da Barroquinha, Praça Cairu e Arcos da Conceição – esta última entregue na quinta-feira última (5). Em andamento está o Casarão dos Azulejos Azuis, no Comércio. As ações fazem parte do investimento municipal de R$300 milhões na requalificação do coração histórico e cultural da capital baiana, dentro do programa Salvador 360.

“Com isso, a Prefeitura está deixando um legado de transformação verdadeira no Centro Histórico e para o futuro da cidade, preservando o seu patrimônio histórico, cuidando da história e valorizando a cultura. É Salvador ficando cada vez mais bonita e atrativa para o morador e para o turista de todos os cantos”, finalizou.

Foto: Max Haack

Secom

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