Nos pênaltis, Bahia vence o Atlético e fatura o tri do Baianão
A torcida do Bahia pode gritar bem alto que é tricampeã do Baianão. Na tarde deste sábado (8), o Esquadrão superou o Atlético de Alagoinhas e conquistou o Campeonato Baiano 2020.
O título estadual veio com doses de emoção, já que o Carcará saiu na frente com Magno Alves e o tricolor teve que correr atrás do resultado em gol marcado por Daniel, que levou a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, Bahia levou a melhor e venceu por 7×6 e levou a melhor. Dedeco, do Atlético, perdeu a última cobrança.
A conquista quebra um jejum de 32 anos. Desde o fim da década de 1980 o Bahia não faturava três edições seguidas da competição, e dá certa tranquilidade para o clube na sequência da temporada.
O jogo
Pressionado pelo fraco desempenho no primeiro jogo da final e da perda do título da Copa do Nordeste para o Ceará, Roger Machado decidiu escalar força máxima. Apenas Douglas, Nino Paraíba e Ronaldo foram mantidos na equipe.
Já Agnaldo Luiz promoveu apenas uma alteração no Carcará em relação ao jogo da ida. Suspenso, o volante Makelele deu lugar para Lucas.
Mesmo com o Bahia atuando com boa parte do time principal, foi o Atlético que começou mais solto na partida. Com apenas cinco minutos, Edilson cobrou falta forte e obrigou Douglas a fazer boa defesa.
Diante de um tricolor que pouco conseguiu criar no primeiro tempo, o time do interior se sentiu bem confortável e faltou pouco para tirar o zero do marcador. O cruzamento de Tobinha passou toda a pena área e parou nos pés de Filipinho. O lateral chutou forte, mas a bola explodiu no lado de fora da rede.
Enquanto isso, o Esquadrão até tinha mais posse de bola que o Carcará, mas faltava inspiração e intensidade. Assim como nos últimos jogos, o tricolor abusou dos erros e irritou o técnico Roger, que gritava na beira do campo.
A melhor chance do Bahia na primeira aconteceu já aos 46 minutos. Flávio acertou bom passe para Juninho Capixaba. O lateral ganhou da marcação e deu uma cavadinha na saída de Fábio Lima. A bola ia morrer no fundo gol, mas o zagueiro Mailson cortou em cima da linha. Mesmo assim, o árbitro pegou falta de Capixaba e invalidou o lance.
Segundo tempo
Precisando vencer o jogo, os dois times voltaram com mudanças na segunda etapa. Do lado tricolor, Roger sacou Fernandão e Flávio e colocou Daniel e Saldanha no jogo. Já o Carcará mudou o lateral Paulinho por Edson.
O panorama, no entanto, seguiu o mesmo: Bahia com mais posse de bola e dificuldades e o Atlético aproveitando bem os espaços.
Aos sete minutos, Dedeco aproveitou a sobra no escanteio e chutou forte, só que a bola passou por cima. Um minuto depois o mesmo Dedeco arriscou chute forte da entrada da área e levou perigo ao goleiro Douglas.
A resposta do Bahia veio também com a primeira finalização do time na partida quando Daniel chutou de fora. A bola desviou na defesa e foi para escanteio.
O que vinha se desenhando, aconteceu. Aos 14 minutos, Magno Alves recebeu na entrada da área. O atacante de 44 anos encheu o pé e acertou o cantinho de Douglas, abrindo o placar para o Carcará: 1×0.
Em desvantagem, o Bahia se lançou ao ataque. Na tabela com Rodriguinho, Élber invadiu a área e ficou de cara com Fábio Lima, porém chutou pra fora.
A pressão tricolor surtiu efeito. Aos 25 minutos, Ronaldo pegou a sobra de bola e cruzou rasteiro. Daniel pegou de primeira, o goleiro Fábio Lima ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o empate do Esquadrão. O Atlético reclamou que a bola havia saído no cruzamento, mas o lance foi revisado pelo VAR e validado pela arbitragem.
A virada do Bahia poderia ter saído minutos depois. Juninho Capixaba recebeu lançamento, entrou na área disputando com a marcação e chutou por cima. Já aos 33 minutos, Élber voltou a ficar de cara com o goleiro do Atlético. Ele chutou forte e a bola bateu em Fábio Lima e na trave antes de se perder em escanteio.
Tentando aproveitar os espaços deixados pelo Bahia, o Atlético quase chegou ao segundo gol aos 40 minutos. Vitinho pegou a o rebote da defesa e tricolor e mandou de primeira. Douglas fez linda defesa e salvou o Esquadrão.
O árbitro deu quatro minutos de acréscimos, mas o tempo não foi suficiente para o marcador ser novamente alterado e o campeão teve que ser definido nos pênaltis.
Nas cobranças, o Bahia levou a melhor: venceu por 7×6 e soltou o grito de campeão baiano.
(Correio)