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Em homenagem à Consciência Negra, Secult lança filme, festival e Plano Étnico-Afro

A Prefeitura através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), lança nesta quarta-feira (20) o filme “Retratos de Salvador”, uma homenagem ao Dia da Consciência Negra. O filme é dividido em dois episódios de um minuto onde os fotógrafos Edgar Azevedo e Amanda Tropicana dão depoimentos acerca de seus olhares sobre Salvador e como a cidade os inspira, além de seus processos criativos e construções narrativas.

As gravações com os fotógrafos foram realizadas na Casa do Benin e no Espaço Pierre Verger, ambos locais de representatividade da cultura negra e da capital baiana. O projeto foi concebido pela Usina Digital e será divulgado nacional e internacionalmente e veiculado no Youtube e nas redes sociais do Visit Salvador da Bahia (Instagram e Facebook).

Além da obra fotográfica, Edgar Azevedo e Amanda Tropicana foram escolhidos por ressaltarem a importância do negro no contexto social da capital baiana. Nos vídeos eles contam sobre suas inspirações e de que forma a cidade os conectam com a negritude e ancestralidade deles.

“Vamos, através deste projeto, ressaltar a importância do negro na nossa sociedade e todo o processo de produção desses importantes fotógrafos. Tudo isso em dois lugares extremamente importantes do ponto de vista cultural de nossa cidade”, afirmou o secretário de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco.

Documento – Plano Étnico-Afro – Ainda neste mês, no dia 29 de novembro, a Secult lançará o Plano de Ação para o Desenvolvimento do Turismo Étnico-Afro de Salvador. O plano tem como bases a inserção da população afrodescendente de Salvador na cadeia produtiva do turismo e na valorização e reconhecimento da mulher em atividades relacionadas ao setor. O processo de elaboração do documento foi coordenado pela Secult, dentro do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur).

O Plano Étnico-Afro busca a geração de emprego e renda. A iniciativa é composta por quatro eixos: Informação e Governança, Capacitação e Renda, Produtos Turísticos e Ações Integrativas que preveem, dentre outras coisas, cadastro de produtos, serviços e produtores; criação de uma plataforma educacional de capacitação e consultoria; a criação de produtos turísticos.

Revolta do Malês – No dia 5 de dezembro, dois importantes projetos com apoio da Secult serão lançados em Salvador. Um deles é o pré-lançamento do longa-metragem “Revolta do Malês”, que ocorrerá às 20h, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha. O lançamento terá a presença dos diretores do filme, Belisario Franca e Jeferson De, e dos atores Shirley Cruz e Rodrigo dos Santos, além da imprensa e personalidades da cultura, movimentos sociais do cenário afrodescendentes de Salvador.

“Além da pré-estreia em Salvador, teremos uma estreia nacional em outra cidade em parceria com o Espaço Itaú de Cinema de Salvador. Aqui em Salvador, nós distribuiremos DVDs com o filme em escolas públicas. O nosso objetivo é contar a história que foi pouco contada no Brasil, que foi a Revolta dos Malês em Salvador. O filme conta a história através de uma ficção”, afirmou Maurício Magalhães, Sócio-CEO da Giro Filmes, empresa produtora do longa.

Salvador Black Film – Também no dia 5 de dezembro haverá o lançamento do Salvador Black Film Festival, uma plataforma de audiovisual afrodescendente que será sediada na capital baiana em novembro de 2020. O evento já ocorre em algumas cidades do hemisfério norte, como Las Vegas e Montreal.

O Salvador Black Film Festival é um festival internacional de cinema afrodescendente que promove o intercâmbio da arte com protagonismo afro através do audiovisual. “Essa plataforma de festivais é liderado por Fabienne Colas que estará conosco em Salvador no dia 5 para a gente lançar a edição de novembro de 2020 pela primeira vez no hemisfério sul, na América Latina, em Salvador. Teremos a exibição de filmes baianos, brasileiros, internacionais e parte da verba arrecadada será destinada para o fomento de projetos brasileiros no desenvolvimento de novos filmes ou séries. Tudo isso, obviamente, para realizadores afrodescendentes”, contou Maurício Magalhães.

foto:Valter-Pontes_SECOM

SECOM

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