O novo sempre vem
Ontem foi um dia especial para o Subúrbio Ferroviário. Finalmente, depois de muita espera e de movimentos que tentaram brecar a chegada de um novo empreendimento. Por volta das 7 horas da manhã, o grupo Atakarejo deu início a demolição da velha estrutura do que já foi o Estádio de Periperi. E seu lugar, será erguido uma loja de supermercado.
Particularmente, lutei para que esse dia chegasse. Lutei não apenas para que uma estrutura defasada fosse demolida, mas parque que em seu lugar fosse construída uma opção de empreendimento que gere renda, empregos e influencie na requalificação do entorno que, atualmente está deteriorado. Sei que muitas pessoas me criticaram, nunca em minha presença, mas a minha opção sempre foi pela chegada do progresso.
Lamentavelmente, não pude presenciar pessoalmente o início da demolição, mas vi as cenas pelas redes sociais. Notei a total ausência de protestos e várias manifestações de apoio ao novo empreendimento que ali se instalará. Li também alguns posts que culpavam esse ou aquele político por não ter interferido no desfecho da situação. Estranho seria ver um prefeito, da cidade com o maior índice de desemprego da sua região, se insurgir contra uma iniciativa empresarial que renderá mais de 3oo vagas de emprego diretos e tantas outras vagas indiretas.
Por fim, avalio que venceu a lógica das coisas que sempre tentem a se renovar. Vagas de emprego, que espero possa ficar para moradores do bairro e da região, mais renda e a restruturação do entorno. Esses devem ser os focos das lideranças comunitárias e partidários. Espero que o Atakarejo respeite a necessidade de uma população avida por trabalho e, durante as obras e fichamento para funcionamento da loja, priorize moradores da região, desde que qualificados.
Aos que me criticaram sorrateiramente, aproveito o espaço para deixar os versos de Belchior:
“ Você pode até dizer, Que eu tô por fora
Ou então, Que eu tô inventando. Mas é você
Que ama o passado, E que não vê
É você Que ama o passado E que não vê
Que o novo sempre vem”
(Jorge Andrade)