Mototaxistas participam de curso de pilotagem na Transalvador
Pela manhã, o curso teve aulas teóricas, com instrutores de pilotagem da Honda, empresa parceira do município. Na sede da Transalvador, os motociclistas aprenderam noções sobre normas e regras, novos equipamentos de proteção, tecnologias de motocicletas e impactos da frota circulação. À tarde, foi a vez de ir para a rua, no Jardim de Alah, onde aperfeiçoaram, de forma prática, a condução das motos.
“A falta de qualificação do motociclista é o principal motivo para a ocorrência de acidentes no trânsito. Com cursos como este, ganha o profissional, que agrega conhecimento, e ganham o usuário e a sociedade”, afirma Adaílson Couto, mototaxista e presidente da Associação de Mototaxistas Profissionais da Bahia.
No decorrer do tempo, as mudanças no trânsito impõem que o condutor esteja sempre atualizado. Eduardo Ferreira, instrutor de pilotagem, defende que o condutor esteja sempre em busca de se atualizar. “A autoescola ensina apenas o básico. Vamos para a rua e percebemos que na realidade é diferente. Então, a partir do momento que estamos nos atualizando, estamos vivendo a realidade. Neste curso a gente trabalha de acordo com a realidade daquele momento, sempre atualizado”, afirma Ferreira.
Acidentes – Os motociclistas estão mais vulneráveis e mais propensos a acidentes no trânsito. A Transalvador registrou, nos sete primeiros meses deste ano, 27 mortes de motociclistas nas vias soteropolitanas, número 23% maior que o mesmo período do ano passado, quando ocorreram 22 mortes desses condutores.
“É preciso que os motociclistas, sempre que saírem de casa, tenham vontade de retornar com vida. A pilotagem de motos é a mesma coisa que manusear arma de fogo. É preciso ter precaução e passar por cursos como este”, conscientiza Osvaldo Meron, um dos mais antigos instrutores de pilotagem de motos no estado.
Um dos fatores que colaboram com esses índices é a quantidade de motos nas ruas de Salvador. Em dez anos, a frota desse meio de transporte aumentou em quase 93%. Atualmente, mais de 142 mil estão emplacadas na capital baiana. Esse número aumenta porque motos de outros municípios circulam pelas vias soteropolitanas.