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Festival da Primavera apresenta Casulo de Artes Inclusivas

Em alusão ao Dia Nacional da Pessoa com Deficiência (PCD) e aos dez anos de produção, a mostra Casulo de Artes Inclusivas acontece neste sábado (21), às 14h, na Praça da Inglaterra, no Comércio, dentro da programação do Festival da Primavera. Com apoio da Prefeitura, a mostra se apresenta pela primeira vez nas ruas.

Na ocasião, grupos convidados de diversas instituições vão trabalhar as mais variadas linguagens interativas da arte. O público vai poder prestigiar apresentações – todas com atores e atrizes com deficiência – de música, dança, palhaçaria, teatro, feirinha criativa com artesanatos, massagens, entre outros. Entre as participações estão Ruthiara Garcia, cantando “O mais belo dos belos”, o grupo Perspectivas em Movimento, com o espetáculo “Memórias de um rio”, os Musicênicos Cepred, com o show “Passeando pela cultura popular”, e a Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA-BA), com o número especial musical com copos.

A coordenadora executiva do projeto, Ninfa Cunha, avaliou a importância da realização da mostra tanto para o público formado por pessoas com deficiência quanto para as pessoas em geral. “Em primeiro lugar, a intenção é mostrar as potencialidades das pessoas com deficiência. Ainda existe a visão do ‘coitadinho’ que não consegue fazer nada. Então, queremos mostrar a todos que, mesmo com suas limitações, esse público também faz arte. O principal é mudar a visão dos cidadãos. Quem vai estar ali se apresentando é o artista, não a deficiência dele. E também aproveitar a oportunidade para dar visibilidade a eles. Nosso país, por exemplo, é recordista de medalhas no esporte paraolímpicos”.

Na oportunidade, haverá um intérprete de libras, para possibilitar a interação de pessoas surdas, e o audiodescrição, recurso que permite às pessoas cegas ou com baixa visão e deficiência intelectual o entendimento por meio de informações sonoras que transformam imagens em palavras.

Ninfa acredita que a sociedade ainda tem o conceito de acessibilidade muito limitado. “Ainda hoje, quando se fala em acessibilidade, as pessoas pensam logo em rampas de acesso. E, com o avanço da tecnologia, não é só isso. Temos, por exemplo, a audiodescrição que é voltada, principalmente, para deficientes visuais,” disse.

Todas as apresentações foram criadas com base na cultura popular. Em 2018, o projeto concorreu ao Prêmio Culturas Populares – Selma do Coco, do extinto Ministério da Cultura, na categoria Acessibilidade, e ganhou em primeiro lugar. A coordenadora executiva enfatizou que o apoio da Prefeitura foi essencial para a realização do evento.

O Casulo de Artes Inclusivas é uma ação político-cultural criada em 2009 com o objetivo de fomentar as artes concebidas, produzidas e desenvolvidas por artistas.
SECOM 

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