Prefeitura oferta curso de defesa pessoal para mulheres
De janeiro a agosto, o centro já formou oitos turmas, totalizando 150 mulheres beneficiadas. Entre as participantes dessa edição está a estudante de serviço social Priscila Dantas, de 20 anos. Ao tomar conhecimento da iniciativa pela internet, fez questão de assegurar uma das vagas. “Toda mulher deveria aprender, afinal estamos expostas a vários tipos de perigo. Nunca sofri nenhum tipo de violência, mas acho muito válido aprender a me defender, caso ocorra”, disse a jovem que mora na Ribeira.
Nesta segunda-feira (12), as participantes receberam noções de primeiros-socorros. Durante os ensinamentos, o instrutor faz questão de esclarecer que a ideia não é estimular a violência e sim preparar mulheres para as situações reais em que a defesa pessoal pode ser útil. Para o coordenador de supervisão à violência da Guarda Civil Municipal (CGM), Ronaldo Silva, as aulas práticas visam orientar as mulheres a se desvencilharem de situações de violência muito específicas.
“O primeiro passo é identificar quais são estes casos. Mulheres quando são agredidas geralmente são vítimas de puxões no cabelo e golpes de esganaduras. Ensinamos exatamente como utilizar as técnicas para evitar que esse tipo de violência ocorra. Lembrando que são práticas passa cessar a agressão, correr e pedir ajuda. Nunca se deve partir para o embate”, frisa o instrutor.
Programação – Até o final da semana, a programação do curso contempla noções sobre o funcionamento da GCM, com foco na prevenção a violência cotidiana, primeiros-socorros, uma roda de conversa sobre a Lei Maria da Penha e as aulas práticas. De acordo com a coordenadora do Camsid, Camile Lima, o curso é sempre aberto ao público geral, embora os ensinamentos sejam muito importantes para as mulheres atendidas no local, a maioria vítima de violência doméstica. “Temos casos das mais diversas formas de agressão. É uma oportunidade de aprender a autodefesa. A ideia é que elas aprendam a se esquivar e consigam pedir ajuda. A prática com certeza ajuda a salvar vidas”, ressaltou a coordenadora.