Tecnologia aproxima a transformações da saúde nos próximos anos
omo estará a saúde até o ano de 2022? Serão muitas as transformações em apenas três anos? As respostas para essas perguntas provocativas podem estar no Relatório “Previsões para o Setor de Life Sciences & Health Care em 2022”, realizado pelo Deloitte Centre for Health Solutions, instituição com reconhecimento mundial que promoveu o estudo com o objetivo de identificar tendências, desafios, oportunidades e exemplos emergentes de boas práticas, que resultem numa saúde mais sustentável econômica e socialmente.
Os resultados são, no mínimo, interessantes, especialmente porque preveem um papel mais dinâmico do paciente, com a adoção de cuidados inteligentes com a saúde. Tudo porque a chamada “geração genoma” (nascida no final da década de 1990 e no começo dos anos 2000) está mais preocupada com o corpo e a mente, por isto se mantém melhor informada e engajada na gestão da sua própria saúde. Evidentemente isso inclui a ajuda da tecnologia, que cada vez mais vai auxiliar as pessoas no conhecimento do seu perfil genético, desvendando de maneira precoce as doenças que podem desenvolver, assim como a eficácia das intervenções médicas.
A previsão também é de que, nos próximos anos, deve ser preponderante o crescimento dos wearables, que são dispositivos eletrônicos “vestíveis”. Ou seja, depois dos smartphones, tablets e smartwatches, a novidade de hoje e para um amanhã mais próximo são os wearables. Eles não são mais novidade e os pesquisadores da indústria concordam que esses dispositivos estão agora em fase de comercialização. Ainda existem alguns desafios para vencer, como a facilidade de uso, padrões, privacidade e custo, mas o interesse entre as prestadoras de saúde, a indústria e os consumidores está em franco crescimento.
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Outras expectativas da pesquisa também já vêm se configurando nos últimos anos, como o uso de plataformas de software abrangentes, que suportam canais múltiplos de comunicação de cuidados com a saúde (ligações de voz, mensagens de texto seguras, alarmes e notificações de alerta), o que melhora a eficiência e a segurança da comunicação com o médico assistente. Algoritmos de Inteligência Artificial vão crescer cada vez mais, antecipando o diagnóstico de doenças pela extração de prontuários médicos, leitura de testes diagnósticos por imagem, ampliando o papel dos radiologistas. Biotelemetria, portais online, interações de vídeo regulamentadas entre o paciente e o médico, visitas online (e-visits) e Tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID) ainda serão amplamente conhecidos nos próximos anos, gerando mais transformações, qualidade de vida e longevidade.
Com tudo isso, pode-se afirmar mais uma conquista alcançada com a tecnologia: a previsão do futuro nunca foi tão real e próxima.
*Ademar José de Oliveira Paes Junior é médico radiologista e Presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM)(NSC)