GeralVera Cruz

Reflexão: Encruzilhada humana!

Por :Ademilson Sousa ‘Golfinho’

O que esperar dos que venderam suas consciências por um carro de “luxo”, uma viagem a Disney ou uma casa ou apartamento com muros altos e seguranças armados?
Houve um período da nossa história , onde andávamos juntos porque tínhamos medos e era inseguro. Vivíamos nas cavernas e em bandos. Vencemos! Não éramos doutores nem ricos , muito menos belos, só humanos. Apenas isso , humanos ! Foi de lá talvez , do frio, dos riscos, do medo , que aprendemos a que juntos ficaríamos aquecidos, superaríamos todos os desafios de uma existência frágil .
A razão de nossa existência era cuidar de nós mesmos. Assim, talvez dessa época, desenvolvemos os nossos laços humanos de solidariedade, companheirismo, coragem , proteção aos mais fracos e a partilhar .
Recentemente o relatório sobre as desigualdades no planeta , feito pela OXFAM -Londres, apresentado no encontro do G-20 em DAVOS, 2019 , diz que 26 pessoas acumulam mais riqueza ou bens que 3,4 bilhões de humanos mais pobres. No Brasil apenas 6 pessoas têm mais riquezas ou patrimônio que 110 milhões de brasileiros.
Após caminhar tanto e pensar que só foi possível transformar a terra em um lugar agradável para tão poucos, pouquíssimos, podemos perguntar o que deu errado em nossa história?
Em que trecho da nossa caminhada nos perdemos ? Ou onde abandonamos aqueles laços passados?
Esse dado acima demonstra que esse sistema faliu. Não será possível seguir com ele , para o bem da maioria e do planeta .
As mudanças ocorridas entre os séculos XII e XV que levaram ao advento dessa nova forma de produzir e distribuir os bens que necessitamos para viver , que advém do trabalho humano faliu. Tornou-se por demais injusta e inviabilizou-se. Levará ao nosso fim, enquanto espécie, ainda que esse fato já vem acontecendo no Brasil para 54 milhões que vivem com a renda abaixo da linha da pobreza indicada pela FAO( Organização para Alimentação e Agricultura da ONU)
Algo precisa ser feito! Talvez precisemos começar pela mudança em nossas verdades, nossa crenças. Questionar as narrativas passadas e presentes , tentar achar o local da curva da nossa história onde deixamos de ser a razão da nossa própria existência, onde a vaidade , o orgulho e o ódio passaram a viver em nossas mentes.
“Não nascemos odiando, nos ensinaram a odiar. Então podemos reaprender a amar”
Lançar luz nesse cenário , nesse teatro dos horrores que virou nossa existência!
Todos merecem a felicidade!!

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *