Três juízes emitiram uma decisão favorável à Uber em um caso no qual motoristas que trabalham utilizando o aplicativo gostariam de ser reconhecidos como funcionários, o que poderia garantir a eles direitos como plano de saúde e afastamento por doença. A decisão do Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Nono Circuito desta quarta-feira (25) reverteu os resultados anteriores favoráveis aos motoristas.

Com a decisão, a advogada Shannon Liss-Riordan, que representa esses trabalhadores, terá que mudar a estratégia de defesa. Aberto como uma ação coletiva representando 385 mil motoristas da Uber nos estados norte-americanos de Califórnia e Massachusetts, o processo contra a Uber agora terá que ser feito individualmente e não mais em conjunto.

Entre as queixas dos motoristas estão o fato de a Uber usar esse tipo de contrato para se eximir de pagar pela gasolina e manutenção dos automóveis, itens essenciais para que os trabalhadores possam exercer a profissão. Eles também alegam que a Uber não permitiria aos motoristas ficar com o valor total das gorjetas que são pagas pelos usuários do aplicativo.

Segundo a advogada, esse resultado era esperado. Ela afirmou ainda que milhares de motoristas buscavam abrir processos individuais para dar continuidade à disputa. Também há a possibilidade de que o grupo peça para que o caso seja revisitado por outros juízes. Um porta-voz da Uber disse que a companhia ficou satisfeita com o resultado.