Dez razões que explicam por que Salvador precisa do BRT
O BRT (sigla em inglês para “ônibus rápido”) é muito mais do que um novo modal de transporte público. Trata-se de uma obra que vai transformar a mobilidade em uma das regiões mais movimentadas da cidade e melhorar a locomoção tanto de quem utiliza o transporte público quanto o automóvel particular e até mesmo a bicicleta. O projeto envolve a construção de corredores exclusivos e segregados das demais vias de tráfego por onde irão passar os veículos do BRT (ônibus maiores, mais confortáveis, seguros e climatizados), de elevados para abrigar estações de embarque e desembarque do modal, de viadutos para a eliminação de semáforos e retornos e de uma ciclovia também exclusiva e segregada.
Tudo isso entre a Lapa e a região do Shopping da Bahia, passando pelas avenidas Vasco da Gama, Juracy Magalhães e ACM, beneficiando uma área populosa totalmente diferente daquela por onde circula o metrô, que liga os mesmos pontos via Avenida Mario Leal Ferreira (Bonocô). Para se ter uma ideia do impacto do BRT, cerca de 340 mil pessoas utilizam o ônibus comum para circular por essas vias diariamente. No primeiro trecho, as obras vão implantar os corredores exclusivos do BRT entre o Parque da Cidade e a região do Shopping da Bahia, prevendo ainda a construção de três viadutos e dois elevados.
Em função das obras, 154 árvores precisarão ser suprimidas. Outras 169 serão transplantadas para o Parque da Cidade e áreas próximas ao próprio BRT. Como política de compensação ambiental, a Prefeitura exigiu do Consórcio BRT, responsável pelas obras, o plantio de 2 mil árvores da Mata Atlântica em vários pontos de Salvador. Cerca de 300 já foram plantadas na Via Expressa. A maior parte dessas árvores ficará no entorno dos corredores exclusivos do “ônibus rápido”.
Abaixo as 10 razões que explicam por que Salvador precisa do BRT:
1 – O BRT será um ônibus maior (23 metros), com ar-condicionado e que vai fazer a ligação entre a Lapa e a região da rodoviária passando por avenidas como Vasco da Gama, Juracy Magalhães e ACM, em trajeto diferente do realizado pelo metrô;
2 – Por circular em vias exclusivas e segregadas de tráfego, o BRT não vai pegar semáforo ou cruzamento. Por isso, ele vai fazer a ligação entre a Lapa e a região da rodoviária em apenas 16 minutos;
3 – Cerca de 340 mil pessoas circulam diariamente de ônibus comum na região por onde o BRT vai passar, com a utilização de 68 linhas. Além disso, 7 em cada 10 passageiros que utilizam ônibus em Salvador tem como ponto de partida ou destino a região por onde o BRT vai circular;
4 – O BRT só vai parar em estações próprias, confortáveis e modernas, de forma programada. Em situações normais, nunca haverá atraso;
5 – O BRT polui menos do que o ônibus comum e, por ser um transporte melhor, vai permitir que mais pessoas deixem os carros em casa para trabalhar. Além disso, ele poderá ser elétrico ou híbrido;
6 – Por utilizar pneus, o BRT, que foi inventado no Brasil e utiliza tecnologia 100% nacional, pode ter linhas extensivas, deixando as vias exclusivas quando necessário. Além disso, ele poderá ser expandido mais rapidamente para o Subúrbio e o Centro da cidade, como prevê a Prefeitura em seu Plano de Mobilidade;
7 – O projeto do BRT envolve, além da construção das vias exclusivas, a implantação de viadutos que irão solucionar o problema da mobilidade em áreas sensíveis da cidade. Mesmo quem utiliza automóvel será beneficiado com a eliminação de semáforos, cruzamentos e retornos;
8 – O projeto do BRT prevê ainda investimentos que irão solucionar problemas de alagamento em vias importantes de Salvador;
9 – Junto com os corredores exclusivos do BRT, a cidade vai ganhar uma ciclovia segregada ligando a Lapa à região da rodoviária;
10 – O BRT será 100% integrado ao metrô e ao ônibus comum, com tarifas que estarão de acordo com as cobradas por esses modais.
SECOM