Espaços de lazer fazem a alegria da “cachorrada” em Salvador

Espaços de lazer planejados para os cachorros brincarem soltos, com a liberdade e o cuidado que merecem. Assim são os Cachorródromos instalados em praças da cidade pela Prefeitura, através da Secretaria de Manutenção (Seman). Os ambientes são devidamente cercados e contam com duas áreas, uma para ambientação e outra de convivência, onde os animais podem brincar livremente, aproveitar os equipamentos para exercícios e demais atividades.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), Marcílio Bastos, conta que o projeto vem da preocupação de buscar soluções criativas para a cidade. Neste caso, os espaços reservados aos animais resolvem duas demandas: a do público que se incomoda com a presença de cachorros em locais de convívio; e a dos donos de cães, que até então não possuíam um local adequado em praças públicas para explorar as habilidades e brincadeiras dos pets.

É possível encontrar os Cachorródromos na Praça do Imbuí; Praça Afonso Ruy, no Itaigara; Praça ACM, em São Caetano; Praça Vale dos Rios; e Praça dos Dendezeiros. O próximo local a receber o ambiente para os cachorros será a Praça Nossa Senhora da Assunção, na Pituba, que está em reforma, com previsão de inauguração em três meses. Um estudo está sendo feito para que o espaço seja instalado também na Praça Lord Cochrane, na Garibaldi, que será inaugurada em março.

Cada um desses locais recebe, em média, 250 pessoas por dia, número que tende a aumentar quando são realizados eventos, principalmente nos fins de semana. A avaliação da Seman, que monitora frequentemente as praças para promover qualquer intervenção necessária, é de que esses novos espaços fortalecem na população o sentimento de pertencimento, fazendo com que os próprios frequentadores das praças levem e compartilhem saquinhos, água e ajudem no cuidado e preservação dos ambientes.

Frequentadores do Cachorródromo do Imbuí, o grupo de aposentados Fernando Luiz, dono de Amora, Cesar Carvalho, proprietário de Zeus; e Cesar Oliveira, que tem Duque, são gratos pelo espaço, pois antes não tinham um local adequado para que seus pets pudessem brincar. Para Cesar Oliveira, todo bairro deveria ter um espaço como este. “Aqui nunca tivemos um incidente, nenhuma briga entre os cães, o clima é sempre tranquilo. Nos tornamos mais que amigos, viramos uma família”, diz. Os próprios frequentadores contribuem para a limpeza do espaço e chegam a promover até festas de aniversário para os cães.

Pet Stop – No intuito de educar e auxiliar os donos de animais, incentivando o recolhimento dos dejetos, foram instalados “Pet Stops” no Parque da Cidade, através da Secretaria da Cidade Sustentável (Secis) em parceria com a Pet Stop Brasil. São disponibilizados saquinhos para os donos dos pets, em equipamentos instalados na Rua do Meio, na entrada do parque; no final da Alameda dos Ipês, na Praça Melhor Idade; e no gramadão, em frente ao Anfiteatro. A reposição dos sacos fica por conta da Pet Stop Brasil.

Após a instalação dos equipamentos, foi verificada uma diminuição em relação à quantidade de dejetos não recolhidos. Além disso, funcionários, engenheiros ambientais e agrônomos que circulam pelo parque fazem um trabalho constante de conscientização com os frequentadores e ambulantes em relação aos cuidados com o meio ambiente, o que inclui a atenção com os animais nativos e os que são levados a passeio.

Os doze mandamentos do Cachorródromo:

Não é permitida a entrada de fêmea no cio;

Filhotes só podem frequentar após a finalização das vacinas;

Mantenha seu cão sempre vacinado;

Mantenha seu cão sempre protegido contra ectoparasitas;

Não é permitida a entrada de cães agressivos;

Fezes deverão ser recolhidas imediatamente;

Em caso de conflito, intervir imediatamente e afastar os cães;

Não realizar brincadeiras que estimulem a disputa territorial;

Todo e qualquer ato do cão é de responsabilidade do proprietário do animal;

O cachorro não pode ficar sozinho no local, deve estar acompanhado dos responsáveis;

Não alimentar o cão na presença de outros;

Cães soltos devem ser supervisionados o tempo inteiro. (SECOM)