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Cuidados simples podem evitar acidentes e mortes no trânsito

A Semana Nacional de Trânsito deste ano ocorre entre 18 e 25 de setembro e tem como tema “Minha escolha faz a diferença no trânsito”. O objetivo é alertar a sociedade sobre a prevenção de mortes e acidentes no trânsito brasileiro e propor atitudes para mudar essa realidade.

“Ações seguras no trânsito fazem com que vidas sejam preservadas e que as pessoas se sintam respeitadas. Essas ações fazem a diferença e dependem de escolhas, como não mexer no celular enquanto se está dirigindo”, explicou o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) do Ministério das Cidades, Elmer Vicenzi.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o terceiro país com o maior número de óbitos no trânsito. China e Índia lideram o ranking, enquanto Estados Unidos e Rússia ficam logo abaixo do Brasil na lista.

Nas ruas e rodovias, cada condutor e pedestre têm responsabilidade com a própria vida e a dos outros e, juntos, todos podem contribuir para reduzir infrações, acidentes e mortalidade nas estradas e vias. Confira algumas atitudes que cada cidadão pode tomar para ajudar a fazer um trânsito mais seguro para todos:

CELULAR X VOLANTE

O uso de celulares ao volante aumenta em até 400% o risco de acidente. O Código de Trânsito Brasileiro permite o uso do dispositivo apenas quando o veículo estiver estacionado, com o motor desligado, ou na função GPS, desde que esteja fixado no para-brisa ou no painel dianteiro, em suporte adequado.

A legislação federal define que a multa para quem fala ao celular enquanto dirige é gravíssima. O ato de conduzir com apenas uma das mãos por segurar ou manusear o celular é uma infração de R$ 293,47 e inserção de sete pontos na carteira.

BEBIDA X DIREÇÃO

Pesquisas apontam que mais de 22% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros envolvidos em acidentes de trânsito apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de álcool. Entre 2011 e 2016, foram aplicadas 244 mil multas sob o código de infração de embriaguez em todo o País. Os condutores que dirigirem embriagados ou se recusarem a fazer o teste do bafômetro pagarão multa de quase R$ 3 mil, além de ter a carteira suspensa por um ano.

CAPACETE X MOTOS

O uso obrigatório do capacete em motociclista no País é lei desde a edição do Código de Trânsito Brasileiro, em 1997. Um estudo sobre segurança no trânsito divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009 aponta que o uso correto do capacete reduz em até 40% o risco de morte no trânsito e em até 70% as chances de ferimentos graves na cabeça.

Motociclistas que não utilizarem o capacete, além de colocar a própria vida em risco, cometem infração gravíssima e estão sujeitos à multa de R$ 293,47 e suspensão direta do direito de dirigir.

CINTO X PROTEÇÃO

O cinto de segurança não permite, em caso de colisão do automóvel, que o passageiro seja jogado para fora do veículo ou bata com a cabeça em ambientes internos do automóvel. Isso reduz tanto a gravidade dos acidentes quanto a ocorrência de ferimentos.

Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) mostram que para um carro bater num objeto fixo a uma velocidade de 60km/h, equivale a cair de um prédio de quatro andares (em altura de aproximadamente 14 metros). Mesmo que o veículo esteja em velocidade de 20km/h, o impacto sob um objeto fixo resulta numa força superior a 15 vezes o peso da pessoa.

RESPEITO X SEGURANÇA

Código de Trânsito Brasileiro determina que os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, todos são responsáveis pela incolumidade dos pedestres. Na relação entre veículos motorizados (carros, caminhões etc.) e bicicletas, por exemplo, o desrespeito à distância lateral de 1,5 metro ao passar ou ultrapassar é infração média sujeita a multa.

MOTORISTAS X PEDESTRES

A faixa de pedestre traz segurança sobretudo a quem caminha pelas ruas do País e é essencial que cada um faça sua parte e utilize esse dispositivo da maneira correta. Condutores devem ficar atentos e dar preferência aos pedestres e ciclistas que quiserem atravessar na faixa.

Estes, por sua vez, devem parar na calçada e estender o braço, solicitando que os veículos interrompam o tráfego para que ele possa atravessar, gesto popularmente conhecido como “sinal de vida”. Quem estiver de bicicleta deve descer do veículo antes de dar o sinal de vida. Só é permitido atravessar depois que os veículos de todas as faixas da pista estiverem completamente parados.

REVISÃO X PREVENÇÃO

A manutenção preventiva dos principais itens do veículo, como freio, nível de óleo e amortecedor, deve ser feita a cada 10 mil quilômetros ou a cada seis meses. Esses cuidados ajudam a evitar acidentes nas ruas e estradas. É essencial checar as luzes de farol, para visibilidade; a suspensão, que garante o controle do veículo em curvas ou freadas bruscas; e o cinto de segurança, que deve funcionar perfeitamente em caso de colisões.

Pneus devem sempre estar em boas condições, com a calibragem correta. Se a pista estiver molhada, o pneu careca aumenta os riscos de deslizamentos. Buracos ou pequenas colisões podem alterar o alinhamento do veículo, gerando falta de estabilidade, volante descentralizado, direção para algum lado e desgaste irregular de pneus. Por isso, o alinhamento também deve estar em dia.

Pastilhas, discos e tambor devem ser inspecionados e substituídos, se for o caso. É essencial verificar o nível do fluido de freio, que tem durabilidade de cerca de dois anos. Se o fluido não estiver dentro da validade, a frenagem fica comprometida. As luzes do veículo devem estar em dia, assim como o licenciamento e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Por fim, o condutor deve checar se todas as ferramentas obrigatórias estão no carro: macaco, chave de roda e triângulo para sinalização. Também vale a pena ter outras ferramentas, como jogo de chaves fixas, chaves de fenda e lanterna.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério das Cidades, do Ministério da Saúde, do Governo de São Paulo, do Governo do Paraná, do Senado Federal, do DNIT e do Governo do Espírito Santo

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