Política

Artes e manhas de um presidente fraco

É cedo para que os defensores do meio ambiente, aqui e lá fora, comemorem a decisão do presidente Michel Temer de revogar o decreto que acabava com a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), situada entre o Pará e o Amapá, e permitia a exploração mineral em uma área na Amazônia equivalente a do Estado do Espírito Santo. Ou a da Dinamarca.

Foi mais um recuo de Temer, que ele atribuiu “à incompreensão geral”, para que mais adiante possa retomar a ideia. Com um índice de popularidade que a qualquer momento poderá se tornar negativo, e às voltas com nova denúncia por obstrução da justiça e organização criminosa, Temer preferiu, por enquanto, dar o dito pelo não dito.

Mas só por enquanto. Nota do Ministério de Minas e Energia esclarece que “as razões que levaram a propor a adoção do Decreto com a extinção da reserva permanecem presentes. O país necessita crescer e gerar empregos, atrair investimentos para o setor mineral, inclusive para explorar o potencial econômico da região”. E promete voltar ao assunto em breve.

O decreto revogado permitia a entrada na Renca de empresas de mineração que cobiçavam ouro, cobre e outros riquezas. A modelo Gisele Bündchen chorou em vídeo postado nas redes sociais para manifestar sua oposição ao decreto. Na mais recente edição do Rock in Rio, artistas protestaram contra ele. Foi pressão demais para um presidente com tão pouco cacife (Blog do Noblat)

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