Política

90º aniversário de ACM é lembrado na Câmara Municipal

“Aqui se constrói o futuro sem destruir o passado”. A célebre frase do senador Antonio Carlos Magalhães ganhou sentindo especial na noite deste 4 de setembro, quando familiares, políticos, amigos e admiradores participaram da sessão especial no Plenário Cosme de Farias da Câmara Municipal de Salvador para homenagear o político baiano. Se estivesse vivo, ACM completaria hoje 90 anos.
Conduzida pelo presidente do Legislativo Municipal, vereador Leo Prates (DEM), a sessão foi proposta pelo vereador Alexandre Aleluia (DEM) e teve a mesa formada também pelo prefeito ACM Neto, pelo presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Magalhães Júnior e pelo vice-prefeito Bruno Reis.

“O senador foi quem me influenciou, em 1998, a me filiar ao então PFL. ACM é uma referência de amor pela Bahia, de amor pelo seu povo, de honradez na vida pública e de dedicação. Sem sombra de dúvidas é o maior homem público que a Bahia já teve”, declarou o presidente da CMS. “Princípios não morrem e não desaparecem. ACM continua vivo nas ideias que ele defendia. Esses princípios ainda vivem no ACM Neto e em todos nós que aprendemos muito com ele”, completou Leo Prates.

“Estamos aqui celebrando sua vida. ACM se foi, mas deixou vigente em nossos sentimentos, vivo como nunca, o contrato da sociedade eterna: atuou buscando conservar, preservar e construir um magnífico legado em respeito àquelas gerações que se foram, estão presente e virão no futuro”, disse o autor da homenagem, Alexandre Aleluia.

Um vídeo com a trajetória do senador foi exibido no telão do Plenário. O famoso jingle do político baiano, “ACM, meu amor”, foi entoado por todos os presentes seguido de palmas. “Esse 4 de setembro de 2017 é um momento em que a gente ao celebrar a vida de ACM, tem a oportunidade de dizer que ele continua vivo em sua obra, em suas realizações, em sua trajetória e em seus ensinamentos. Hoje eu recorro à sua coragem e ao amor pela Bahia. É algo que nos une e que me move”, disse o prefeito ACM Neto.

O dia do nascimento do senador foi marcado por celebrações. A primeira delas foi uma missa, pela manhã, na Igreja do Rosário dos Pretos. À tarde, o prefeito inaugurou as obras de revitalização da Avenida Antonio Carlos Magalhães. “De todos os títulos que ele recebeu, o que mais o honrou foi o de Prefeito do Século, outorgado pela Câmara Municipal de Salvador. Só poderíamos encerrar esse dia aqui, em uma Casa que ele foi sempre muito próximo. Agradeço aos vereadores por terem aprovado e estarem realizando essa homenagem”, completou o prefeito.

O filho do homenageado, Antonio Carlos Magalhães Júnior, destacou que apesar de falecido há 10 anos, completados em julho deste ano, o pai continua muito presente no dia a dia dos baianos através de sua obra e trajetória. “É um dia de muita alegria, pois podemos lembrar tudo que ACM fez pela Bahia”, disse o filho. Também participaram da homenagem os vereadores Paulo Magalhães Júnior (PV), Tiago Correia (PSDB) e Felipe Lucas (PMDB).
Trajetória

Um dos políticos mais populares do estado e o mais reconhecido nacionalmente até hoje, Antonio Carlos Peixoto de Magalhães mostrou sua vocação para a política ainda muito jovem, quando tornou-se presidente do Grêmio Estudantil do Ginásio da Bahia. Ainda na faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, presidiu o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e começou a trabalhar como redator do jornal Estado da Bahia. Em 1954, foi eleito deputado estadual. De 1958 a 1966, representou a Bahia na Câmara Federal.

Em 1967, assumiu a Prefeitura de Salvador, cargo pelo qual recebeu na Câmara Municipal a homenagem de Prefeito do Século, devido à uma arrojada gestão que construiu novas avenidas e executou obras que transformaram a infraestrutura da cidade. Em 1971, ACM assumiu o Governo da Bahia, cargo que ocupou por três vezes, nos anos de 1978 e 1991, sempre com foco em quatro áreas que promoveriam o desenvolvimento socioeconômico do Estado: pecuária, mineração, indústria e turismo.

Em 1975, assumiu a presidência da Eletrobrás. Em 1985, assumiu o cargo de ministro das Comunicações e permaneceu até março de 1990, quando se licenciou para disputar pela terceira vez o governo estadual.
Em 1994, foi eleito senador. Tendo presidido a Casa entre 97 e 2001. Foi eleito novamente em 2002. ACM morreu, aos 79 anos, no dia 20 de julho de 2007.

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