Saúde

Brasileiros sofrem com dores crônicas

Leve, aguda ou crônica, a dor atinge pessoas de qualquer idade ou grupo social. Nos Estados Unidos, segundo estudo de 2000, da Panchal S. John Hopkins Medical School, 31% da população sofre com algum tipo de dor, o que representa 86 milhões de norteamericanos. No Brasil, a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) estima que cerca de 30% dos brasileiros – ou 57 milhões de pessoas – sofram com algum tipo de dor crônica.

Marize Freitas, 45 anos, faz parte dessa estatística. Há três anos, começou a sentir fortes dores pelo corpo e chegou a ficar um ano e meio sem conseguir andar. Mesmo tendo procurado tratamento médico rapidamente, foram necessários dois anos e meio de consultas com pelo menos oito ortopedistas e vários neurologistas até chegar ao diagnóstico de fibromialgia, doença que afeta seis milhões de brasileiros.

– As pessoas acham que é depressão, coisa da cabeça da gente – diz Marize.

Após o diagnóstico, começou a se tratar com medicamentos tracionais, e mesmo tendo conseguido algum progresso, como dormir melhor, ainda sofria com as fortes dores.

Há três meses, Marize se tornou adepta da Lemeterapia, técnica desenvolvida em São Paulo há 12 anos, que já permitiu a recuperação de mais de sete mil pessoas no Brasil e nos Estados Unidos. Através de um aparelho chamado dolorímetro, são medidos os níveis de tolerância à dor em 18 pontos de referência no corpo.

Se o paciente sente dores em 11 ou mais pontos, provavelmente sofre com fibromialgia. A partir do diagnóstico, a Lemeterapia trata da dor em dois estágios: o primeiro consiste na aplicação de aparelhos que diminuem a sensibilidade nos locais que precisam ser manipulados.

Em seguida, a manipulação corporal vai, aos poucos, devolvendo a qualidade de vida aos pacientes.

Segundo Cleide Cerqueira, fisioterapeuta especialista na técnica, o método consegue êxito em 95% dos casos e possibilita a volta do paciente às atividades normais em até cinco meses, dispensando gradualmente o uso de medicamentos antiinflamatórios e antidepressivos normalmente utilizados.

– Hoje, já consigo levar uma vida normal dentro do possível e durmo muito bem, o que há algum tempo não conseguia fazer – diz Marize.

A técnica tem se mostrado eficaz, também, para o tratamento de outros tipos de Reumatismos Extra-Articulares (REAs – conhecidos como reumatismos das partes moles), entre eles Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Doenças Ósteo-Muscular Relacionada ao Trabalho (DORT), mialgias (dores musculares), síndrome do túnel do carpo, tarso, cotovelo de tenista e golfista, disfunção de ATM.

Segundo Cleide Cerqueira, a Lemeterapia é também indicada para o tratamento de dores ciáticas, tendinites, bursites e dores comuns das costas ou coluna, mesmo quando estes casos são muito crônicos e se estendem por várias décadas.

Fonte: Jornal do Brasil

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