5 verdades inconvenientes sobre o Xbox One
O Xbox One foi o meu primeiro console da nova geração. Comprei o aparelho da Microsoft um mês depois do lançamento por um simples motivo: parecia que eu tomava uma surra do meu hype diariamente (e isso me doía por dentro) por não poder jogar Forza Motorsport 5, Ryse: Son of Rome e Dead Rising 3 – me julguem, mas eu assistia os trailers de Ryse frequentemente e ele era a minha maior expectativa.
O console chegou em novembro de 2013 (eu o adquiri em dezembro de 2013) e apresentou um grande nível de excelência para algo recém-lançado no mercado. Lógico, todo produto novo tem seus problemas, nenhum é perfeito. Porém, mesmo hoje, depois de dezenas de atualizações que melhoraram ainda mais a plataforma, alguns pontos negativos ainda perduraram durante os anos de vida do video game.
Mesmo com muitos pontos positivos, é inegável que o produto da Microsoft tem defeitos, assim como o PlayStation 4 e o Nintendo Switch também têm, como você pode conferir nas outras matérias desse especial do TecMundo Games. Então vamos comentar o Xbox One ainda tem de ruim nos dias de hoje.
1 – Controle com pilhas
Serei completamente parcial aqui, então me desculpem se a opinião não bater com a de vocês: o controle do Xbox One é o melhor da atualidade, de longe. O DualShock 4 é ótimo e gostei muito do layout atual, o sistema de alto-falante e o touchpad, mas para mim não há como bater de frente com o que faz do acessório concorrente tão bom: ergonomia, disposição de botões, vibração individual nos gatilhos e muito mais, que fazem dele um joystick ideal para qualquer gênero.
Porém, parece que a Microsoft não aderiu (e parece que não vai aderir tão cedo) ao padrão atual de bateria. Mesmo que não seja um defeito muito grave, é ruim ter que comprar pilhas novas, adquirir pilhas recarregáveis ou ter que gastar dinheiro e investir no kit Play and Charge da Microsoft. Afinal, a ideia é não ter que se preocupar com nada, e nisso o Xbox perde.
O controle do Xbox One é considerado por muitos o melhor da atualidade, mas é inegável que as pilhas estão datadas
Há um pequeno ponto positivo nessa escolha da Microsoft, que é a facilidade de reparo. Se a bateria do DualShock 4 ou do Joy-Con tiver problema, certamente o conserto e a mão de obra não serão baratos. Porém, isso é uma exceção, o que torna o controle do Xbox One pior que os concorrentes de uma forma geral nesse assunto. Além disso, os primeiros modelos do acessório vieram sem entrada P2 e requeriam um adaptador ou um microfone da empresa para funcionar, mas isso foi corrigido nos novos modelos. Ponto negativo para a força verde.
Ainda com pilhas? Está na hora de mudar
2 – O compartilhamento de capturas é limitado
Tanto o Xbox One quanto o PlayStation 4 (por tabela, o Switch também) trouxeram uma funcionalidade bem interessante para a nova geração: a possibilidade de capturar imagens e vídeos da sua jogatina. A evolução desse recurso continuou com o tempo e os sistemas até mesmo fazem isso automaticamente para você em alguns momentos, como quando você desbloqueia conquistas, troféus e trechos que o console considere importante (esse último é algo exclusivo do Xbox One).
Apesar de o console da Microsoft ter algumas vantagens nessa parte, é inegável que a concorrência ganha em outros aspectos. Aqui, separamos dois deles que claramente são piores: a captura de vídeos de apenas 5 minutos (o PS4 grava 10 minutos) e a impossibilidade de compartilhar o conteúdo diretamente no Facebook ou no YouTube. Afinal, em pleno 2017 não é nada conveniente baixar as capturas do OneDrive e ter que upá-las posteriormente em outro lugar.
Em 2017, queremos a opção de upar os vídeos direto pro YouTube ou pro Facebook
3 – Jogos em disco demoram uma eternidade para instalar
Ambos os consoles apresentaram um problema bem grave e que pode respingar até mesmo nas próximas gerações: o armazenamento. É inegável que a mídia física perdeu grande parte do seu peso aqui, pois a instalação do conteúdo no HD é obrigatória. Entretanto, o PlayStation 4 tem uma vantagem significativa nesse aspecto e deixa o Xbox One no chinelo sem pestanejar.
Colocar a mídia no leitor do PS4 e esperar o game ser instalado é questão de segundos. Em outras palavras, é centenas de vezes mais rápido do que baixar um título da PSN. Porém, o Xbox One perde feio nesse quesito: esperar um jogo físico ser instalado no HD pode demorar dezenas de minutos e é algo que quebra totalmente o clima e a expectativa quando você está ansioso para jogar logo algum título.
4 – Poder de fogo menor que o da concorrência
Quando foram lançados em 2013, tanto o PlayStation 4 quanto o Xbox One eram melhorias significativas em relação aos seus predecessores. Apesar de compartilhar um processador muito similar e placas da AMD, o hardware da Microsoft tinha uma desvantagem pequena em poder de força bruto.
Atualmente, essa é a situação, mas ela será invertida com o Xbox One X e o PlayStation 4 Pro
Na maioria das vezes, essa diferença pouco importou no final das contas. Porém, agora no final da geração, praticamente se instaurou um padrão de qualidade nos jogos: 1080p no PS4 e 900p no Xbox One (ou alguma situação na qual o console verde tenha resolução menor que a concorrência). Em alguns outros exemplos, o video game da Microsoft pode ter performance levemente menor que o PS4 também, mas esses casos são mais raros. De uma forma ou de outra, esse aspecto impactou na experiência de alguns games. Entretanto, vale relembrar que esse aspecto será invertido com os aparelhos do meio da geração: o Xbox One X levará a vantagem sobre o PlayStation 4 Pro.
5 – Falta de jogos exclusivos
A velha questão volta a ser colocada em pauta. Veja bem: não estou falando que não há nada para jogar no console e que a plataforma é deixada de lado, mas se trata de uma verdade inconveniente da mesma forma. Os exclusivos de cada console são cíclicos e, inevitavelmente, um acaba tendo mais lançamentos que o outro em determinadas partes do ano.
Porém, durante todo o tempo de vida de cada um, o PlayStation 4 teve mais exclusivos que o concorrente e está ganhando mais destaque recentemente, mesmo que sem querer (pegue Yakuza, por exemplo: a série não é exclusiva em contrato com a Sony, mas ela só sai para a plataforma). Por conta das baixas vendos do Xbox one no Japão, muitos games com foco no público oriental acabam não chegando à plataforma da Microsoft. No geral, isso acaba criando uma falsa ilusão de superioridade para alguns jogadores ou para potenciais compradores da nova geração.
No geral, ambos têm ótimos exclusivos, mas a Sony leva a melhor nessa
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No final das contas, o Xbox One é um excelente console e uma melhoria drástica do que ele era no seu lançamento. Donos do video game têm inúmeras vantagens, como multitarefas melhor, serviço online infinitamente superior, interface bem mais moderna, acesso a serviços como o EA Access (e, em breve, o Xbox Game Pass) e muito mais. Sem dúvidas, um ótimo produto, mas que, como qualquer outro, tem suas falhas também.(Tecmundo)