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Governo federal admite que recursos não são suficientes

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Comparado a um atleta em busca da medalha de ouro, o Brasil está treinando para o aumento da competitividade e retomada do crescimento econômico. O governo, assim como os competidores, sabe o que precisa ser feito para chegar ao lugar mais alto do pódio. Só falta o patrocínio. Isso porque não há dinheiro suficiente para fazer os investimentos necessários em obras de infraestrutura, essenciais ao desenvolvimento. É o que defende o secretário adjunto do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República, Adalberto Vasconcelos.
“Os investimentos são peças-chave para sair da crise e retomar o crescimento econômico. Para isso, o Brasil não pode prescindir da iniciativa privada, já que não temos recursos para fazer todos os investimentos”, afirma.
Além de não ter o dinheiro necessário para investir sozinho, o governo brasileiro enfrenta ainda um sério problema para atrair o capital privado – a instabilidade política e fiscal. “O que tem sido feito no governo interino é tentar retomar a confiança do investidor estrangeiro, garantindo que teremos uma política séria de gastos públicos”, afirma o ministro da Secretaria de Governo, Gedel Vieira Lima. Ele destaca ainda que há um diálogo permanente para aprovar medidas no Congresso, que contribuam para a retomada dessa confiança.
INFRAESTRUTURA
Na análise do diretor executivo da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Vladson Menezes, o principal propulsor da competitividade baiana será o investimento em infraestrutura. “A infraestrutura não é o único, mas hoje é o elemento fundamental para dar condições mínimas de competitividade para grandes investimentos virem para o estado”, diz.
Para Menezes, saber o que deve ser feito não basta. “Existem vários projetos que são consensuais, mas muitos não avançaram, primeiro pela ideia equivocada de que a maioria dos investimentos deveria ser feita com recursos públicos. Segundo, precisamos de um modelo sustentável e confiável para viabilizar estes investimentos com recursos privados. E, terceiro, para isso tudo acontecer tem que haver uma estabilização da economia”, completa.
Entre essas obras está a maioria dos projetos de infraestrutura da Bahia – vários deles em andamento, mas sem previsão para serem concluídos.
“Nós temos uma situação geográfica importante, articulando fluxos de comércio entre a região Sudeste e o resto do Nordeste e de outro lado poderíamos avançar na articulação entre os grãos do Centro-Oeste e Oeste da Bahia e os portos do Atlântico, mas faltam as condições de infraestrutura”, explica o diretor. Ele cita obras como a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que “precisa ser recuperada e alterar sua rota em alguns locais para proporcionar condições melhores de transporte”; o Porto de Aratu, “que está saturado”; o Porto de Salvador, que “também precisa de novos investimentos”; a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, que “precisam ter as obras retomadas, talvez revendo o modelo de investimentos”, entre outras.
ENTRAVES
Além de essencial ao aumento da competitividade baiana e brasileira, a falta dessas obras de infraestrutura já impacta o crescimento econômico. Foi o que mostrou uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre os Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras. No Nordeste, especificamente, o ponto mais crítico é o Custo do Transporte. Quando se fala em obstáculos logísticos, aparecem ainda a Situação das Rodovias e a Baixa Disponibilidade e Ineficiência dos Portos.
“Isso na Bahia faz todo o sentido, pois, além da carga tributária alta sobre o transporte, temos o porto de Aratu saturado e o transporte rodoviário defasado. Somando tudo isso, o custo do transporte vai lá pra cima e a competitividade é bastante afetada”, ressalta Menezes.
Bahia Mais Competitiva é o primeiro seminário do Fórum Agenda Bahia deste ano. O evento é uma realização do CORREIO e rádio CBN, em parceria com a Fieb, Braskem e Coelba.
psquisa

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