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Brasil também se classifica para finais por equipes femininas

Equipe do Brasil de ginástica (Foto: Getty Images)
Como não se encantar com Flávia Saraiva? Uma baixinha de 1,33m que salta com firmeza em uma trave de 10 cm de largura. Como não se impressionar com Rebeca Andrade? Uma jovem completa, que voa no salto, no solo, nas barras, na trave… Como não aplaudir Jade Barbosa, Daniele Hypolito e Lorrane Oliveira? Três guerreiras que colocam para trás lesões ou as barreiras impostas pelo tempo. A Arena Olímpica do Rio de Janeiro viu as cinco formarem a melhor equipe olímpica do Brasil neste domingo. Um grupo de meninas que cativou torcida e árbitros com apresentações seguras. Com 174,054 pontos, o time anfitrião garantiu um lugar entre as oito equipes na final da Olimpíada. Após quatro das cinco subdivisões, ocupa o quinto posto.
O show teve duas grandes estrelas nesta tarde. Rebeca Andrade mostrou que é completa, cravou tudo, somou 58,732 pontos e, àquela altura, assumiu a liderança da disputa do individual geral, à frente de russas e chinesas. Faltavam os EUA, porém. Mais tarde, Simone Biles, Alexandra Raisman e Gabby Doulgas tomaram a dianteira.
– Fiquei muito feliz. Meus treinadores sempre acreditaram que um dia, em uma Olimpíada, eu pegasse final do individual geral. Claro que eu acreditava, mas não tanto quanto eles. Agora sei que posso, é querer mais e mais – disse Rebeca.
E ela deve ter a companhia de Flávia Saraiva na decisão. Com 56,532 pontos, a Pequena Notável se colocou na sétima posição e dificilmente fica fora do top 24. A grande aposta da baixinha, porém, é a trave. Ela encantou no aparelho, com uma série precisa e ousada. Os 15,133 a levaram àquela altura para a primeira colocação, à frente de chinesas e da romena Catalina Ponor, campeã olímpica do aparelho em 2004. Depois, também perdeu o posto para as americanas. Simone Biles, com 15.633, e Lauren Hernandez, com 15.366, assumiram os primeiros lugares e empurraram Flavinha para a terceira posição.
– Foi uma emoção muito grande, porque foi mina primeira Olimpíada e no meu país. Eu não fiquei muito nervosa, porque estava muito bem treinada. Estava concentrada. Deu tudo certo. Eu não quero colocar muita expectativa na trave. Estou tentando fazer o meu melhor. Se eu conseguir uma medalha vai ser uma alegria muito grande – disse Flavinha.
Grandes favoritas no Rio, as americanas ainda vão competir na classificatória deste domingo. É provável que Simone Biles e cia. tirem as duas garotas brasileiras do posto de líderes no individual geral e na trave. Mas nada que diminua o feito das duas estreantes olímpicas. Por pelo menos algumas horas, Rebeca pode falar que é a ginasta mais completa do mundo, e Flávia, a número 1 na trave.
Equilíbrio é o que é preciso na trave, e isso a Flavinha tem de sobra. A baixinha não tremeu por ser sua estreia olímpica aos 16 anos, por começar já em seu aparelho mais forte, aquele em que era apontada como candidata ao pódio. A Pequena Notável encantou com uma série incrível, praticamente perfeita. A nota de 15,133 coroou a apresentação e colocou a ginasta na liderança do aparelho. Foi o ápice de uma grande passagem do Brasil pela trave (GE)

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