Candidatos a prefeito da RMS apoiados por ACM Neto têm mais chances
Duas novas pesquisas do Instituto Paraná sobre as eleições na Bahia confirmam uma tendência já identificada em sondagens para consumo interno encomendadas pelo DEM e partidos aliados: o prefeito ACM Neto é hoje o grande cabo eleitoral nas cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Nos últimos dias, o instituto mediu as intenções de voto em Dias D’Ávila e Camaçari, a pedido da TV Itapoan, e o quanto o apoio dos líderes políticos poderia interferir positivamente em suas escolhas. Colocado ao lado de nomes como o governador Rui Costa (PT) e o ex-ministro Jaques Wagner, Neto lidera com folga. Para a grande maioria dos entrevistados, é maior as chances de votar em um candidato a prefeito apoiado pelo democrata. O resultado oficial das pesquisas devem ser divulgados nesta semana.
Salto em distânciaA popularidade do prefeito na RMS é considerada estratégico para os planos da oposição ao governo petista. Atualmente, só duas das principais cidades da região são comandadas por aliados do democrata. Uma é Mata de São João, cujo prefeito, Marcelo Oliveira, é cria política do deputado federal João Gualberto, presidente do PSDB da Bahia. A outra é Madre de Deus, governada por Jeferson Andrade (DEM). O restante dos municípios está nas mãos de partidos da base do PT. Lista que inclui, além de Dias D’Ávila e Camaçari, Simões Filho, Candeias, Lauro de Freitas e São Francisco do Conde.
Tática de colagemNo entanto, os candidatos apoiados por ACM Neto terão que quebrar a cabeça para aproveitar ao máximo o potencial do democrata para atrair eleitores. Com a campanha oficial mais curta este ano, de apenas 47 dias, Neto terá pouca margem para se dedicar à corrida pela reeleição e, ao mesmo tempo, vitaminar o palanque de concorrentes a prefeito no interior. A saída é apelar para a experiência de marqueteiros especializados em colar a imagem de grandes puxadores de votos a uma candidato, sobretudo em cidades sem propaganda gratuita no rádio e televisão. Em contrapartida, Rui Costa e Jaques Wagner terão mais liberdade para circular nos municípios.
Instantes finaisA direção do PT da Bahia deve definir nas próximas 48 horas quem será o candidato do partido na corrida pelo Palácio Thomé de Souza. No encontro em que o PCdoB confirmou a disposição de encabeçar uma chapa, líderes petistas mantiveram silêncio sobre a posição da sigla e deixaram dúvidas se vão aderir à candidatura de Alice Portugal ou se aliar à senadora Lídice da Mata (PSB). Nos dois casos, o PT ficará com a vice.
Ponto de largadaA decisão do PT vai acelerar as negociações sobre o candidato a vice do prefeito ACM Neto. Um dos motivos para o adiamento da escolha é justamente a indefinição dos adversários. Em conversas com cardeais de legendas que compõem sua base de sustentação, Neto deixou claro que não daria nenhum passo até ver como andariam os rivais. No páreo, estão seis nomes de cinco partidos: DEM, PMDB, PSDB, PV e PRB.(Correio)
