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Senado aprova orientação vocacional gratuita para alunos do ensino fundamental

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (13), Projeto de Lei do Senado que institui a oferta de serviço de orientação profissional para alunos do ensino fundamental. A ideia da proposta, que foi sugerida por estudantes de ensino médio participantes do programa Jovem Senador, é ajudar os alunos na escolha entre os cursos técnicos oferecidos no ensino médio e, ainda, na escolha de um eventual curso superior. O PLS 426/2015 ainda terá que passar por um turno suplementar de votação no Plenário antes de seguir para a Câmara dos Deputados.
Terão direito ao serviço de orientação profissional especializada estudantes da rede pública e bolsistas integrais da rede privada, a partir do último ano do ensino fundamental. A proposta original previa uma orientação profissional somente a partir do segundo ano do ensino médio. O relator, senador Donizeti Nogueira (PT-TO), lembrou que a profissionalização no Brasil já começa no ensino médio, razão pela qual ele alterou o projeto e estabeleceu que essa orientação começasse no último ano do ensino fundamental.
Desistência
De acordo com Donizeti, essa orientação é relevante “na medida em que permite economia de recursos, seja evitando o desperdício do investimento em formação, seja contribuindo para o aumento de produtividade”. O senador explicou que muitos jovens iniciam cursos superiores e depois interrompem porque não se identificam com o curso. Para ele, com a orientação vocacional essas desistências diminuirão economizando recursos das famílias, da União e do Estado.
Únicos a se posicionarem contra o projeto, os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Blairo Maggi (PR-MT) manifestaram receio com o aumento de gastos para estados e municípios. Blairo acrescentou que cerca de 80% das pessoas não atuam em suas áreas de formação por que tiveram oportunidades em outras atividades. Para o senador, uma orientação vocacional não irá corrigir esse problema.
— Fico preocupado de criar mais um regramento para não ser utilizado e, se utilizado, vai custar caro e não vai resolver o problema dos jovens para o futuro — disse.(AS)

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