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Bahia envia equipamentos eólicos pelo porto de Salvador

Agora, o Tecon passa a ter movimentação de saída de equipamentos eólicos produzidos no estado - Foto: DivulgaçãoA empresa espanhola Acciona Windpower faz nesta terça-feira, 26, no Terminal de Contêineres do Porto de Salvador (Tecon), o embarque de 16 kits de naceles e hubs, peças de aerogeradores produzidas pela companhia em Simões Filho. Os equipamentos seguem para parques eólicos do Rio Grande do Sul.
“É a primeira vez que registramos movimentação de saída de equipamentos do setor produzidos na Bahia, pois até então a movimentação no Tecon foi só de chegada de peças para composição dos parques na Bahia”, explica o diretor do Tecon Demir Lourenço.
O estado da Bahia hoje é destaque não apenas na produção de equipamentos, como também na geração de energia por meio da força dos ventos.
Produção na Bahia
Segundo dados divulgados este mês pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Bahia passou a ocupar a segunda posição em produção de energia eólica, com 63 usinas em operação e mais de 1,58 GW ultrapassando o Rio Grande do Sul que, apesar de ter 67 usinas em operação, produz 1,55 GW. O primeiro lugar continua com o Rio Grande do Norte, com 97 usinas e 2,67 GW de potência instalada.
Com a pujança da cadeia da energia eólica no estado, tanto na fabricação dos equipamentos em Simões Filho e Camaçari; quanto na implantação de parques de geração de energia, na Chapada Diamantina, o segmento tem sido um dos motivadores dos investimentos em alta tecnologia pelo Tecon.
O Terminal já adquiriu até três guindastes elétricos (RTGs) fabricados na China, para empilhamento de contêineres. Cada equipamento custou US$ 1,6 milhão e deve entrar em operação até o primeiro semestre do ano que vem. De acordo com Demir Lourenço, o setor tem garantido não apenas novos investimentos, como assegurado empregos no segmento de movimentação e transporte de cargas.
“No Tecon, por exemplo, tivemos que investir em capacitação de pessoal e adequação da infraestrutura para atender as especificações das cargas de grandes dimensões”, frisou. Apenas no caso dos equipamentos a serem embarcados hoje, cada hub pesa mais de 33 toneladas e a nacele, aproximadamente, 111 toneladas.
Além da Acciona, estão entre os clientes do terminal baiano as empresas Siemens, Gamesa e Alstom/GE, que estariam cada vez mais adeptas ao transporte por meio de navios do que em rodovias. No estado, ainda produzem peças para aerogeradores empresas como  Torrebras e Tecsis (A Tarde)

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