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Obra para nova orla de Itacaranha começa até maio

As obras estão previstas para começar entre maio e junho deste ano, com conclusão em janeiro ou fevereiro de 2017. A licitação sai no próximo dia 29, data em que Salvador completa 467 anos.
A presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), responsável pelo projeto, Tânia Scofield, explica que a obra na Rua Almeida Brandão compreende apenas a primeira etapa da requalificação de Plataforma e Itacaranha. Essa fase vai custar R$ 10 milhões, investimento integral dos cofres da prefeitura.
Intervenções
Serão cerca de três quilômetros da Almeida Brandão com piso intertravado – o mesmo que está sendo usado nos outros trechos de orla requalificados –, além de uma obra de drenagem, contenção de taludes, escadarias de acesso dos pedestres à rua e intervenções de paisagismo, com instalação de mobiliário urbano e a criação de pequenos recantos –  não há espaço para grandes praças.
“Ali tem um problema de drenagem gravíssimo. A gente está urbanizando a via como um todo. Ela tem um caráter bucólico, está margeando a Baía de Todos os Santos, e é estreita, tem os recantos que os moradores usam muito. A gente está trabalhando com mobiliário, iluminação, pavimentação, tanto ao longo da via, como na contenção, pela diferença de nível da linha férrea para a rua”, diz Scofield.
Toda a obra, incluindo a linha férrea e o outro lado da Rua Almeida Brandão, do mesmo lado da praia, inclui ainda a instalação de equipamentos de lazer e de esporte, além do ancoradouro de Plataforma e da piscina natural, também no bairro. Mas, segundo a FMLF, essa segunda etapa só começará com a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que vai substituir o Trem do Subúrbio, a cargo do governo do estado.
Casas que ficam na faixa de areia terão obra de esgoto
O lado da Rua Almeida Brandão localizado à beira da praia de Itacaranha vai ficar para a segunda etapa de requalificação da orla do bairro. A moradora Rute Silva da Pureza diz temer pelos vizinhos de frente, se realmente tiverem de perder suas casas, como tem ouvido falar. “Primeiro, disseram que iam tirar todas as casas que ficam do outro lado. Mas aí depois explicaram que vão entrar nas casas uns três metros”, disse a comerciante.
Tânia Scofield, da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), responsável pelo projeto, explicou que o lado do mar, a que Rute se refere, não faz parte desta primeira etapa, avaliada em R$ 10 milhões. Mesmo assim, não haverá desapropriações.
“Cerca de dez casas estão na área de praia. Pelo patrimônio da União, nós teríamos que tirar da área de praia, então dentro da Baía de Todos os Santos. Para não tirarmos, nós precisamos levar o esgoto até essas casas e, para isso, a gente precisa fazer um passeio de pelo menos 2,5 metros e precisamos entrar no quintal dessas casas”, explicou Tânia.
Segundo ela, já foi conversado com todos os proprietários dos imóveis que precisarão da intervenção e todos estão de acordo. Tânia disse que também não procede a informação de que uma chácara, cujo morador vive lá há mais de 60 anos, seria desapropriada também, para a criação de uma praça.
‘Prioridade máxima’, licitação do VLT sai ‘em breve’, segundo Sedur
De acordo com a Prefeitura de Salvador, o projeto de requalificação da orla de Itacaranha e Plataforma foi desenvolvido dentro da perspectiva de implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), a cargo do governo do estado.
No entanto, como não há um prazo especificado para implantação do VLT, a obra na orla dos bairros foi dividida em duas etapas, sendo a primeira a da Rua Almeida Brandão, à beira da linha férrea. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), responsável pela implantação do projeto do VLT, disse em nota que “o edital de licitação encontra-se em fase final de conclusão e deve ser lançado em breve, com previsão de início das obras em até 90 dias após a assinatura”. Ainda de acordo com a Sedur, colocar o VLT para andar em Salvador é determinação do governador Rui Costa “alçada à condição de prioridade máxima”.
Os secretários da Casa Civil, Bruno Dauster, de Desenvolvimento Urbano, Carlos Martins, e o presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Eduardo Copello, têm procurado alternativas diante da crise financeira e orçamentária do país. “Além da busca de investidores chineses, em andamento, o governo do estado abriu um outro possível canal para o financiamento da obra: O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), através do firmamento de uma PPP (Parceria Público Privada)”, diz a Sedur, em nota. Em Itacaranha, os moradores se queixam das más condições do Trem do Subúrbio. “Quebra três vezes por dia”, diz o encanador Marcos Santos, 56 anos.(G1)

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