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Novas regras facilitam a microgeração de energia

Bandeira vermelha, bandeira amarela e a conta de luz sempre parece alta demais para o bolso do consumidor. Não é à toa que tem crescido no país o número de pessoas, empresas e organizações em geral que passaram a produzir sua própria energia, a partir de fontes renováveis como o sol e o vento. Na Bahia, o número de conexões de micro ou minigeração para uso doméstico quase que triplicou desde o ano passado, saindo de 23, em março de 2015, para 65, no último mês de janeiro.
Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que aposta em aumento ainda mais significativo de adesões à geração doméstica com a entrada em vigor nesta terça-feira, 1º, das novas regras do Sistema de Compensação de Energia Elétrica. As medidas estimulam o consumidor a instalar pequenos geradores (tais como painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, entre outras fontes renováveis) em sua unidade consumidora, prevendo a compensação da energia gerada com as companhias distribuidoras, gerando créditos para abater nas contas de energia a cada mês.
De acordo com a Resolução da Aneel, os condomínios agora também poderão investir na alternativa, beneficiando as múltiplas unidades consumidoras. Ou seja: instalado um sistema de energia solar ou eólica, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em percentagens definidas pelos próprios consumidores.
Consórcio
E mais: não é preciso ter um condomínio instituído. As novas normas criam a figura da “geração compartilhada”, possibilitando que diversos interessados se unam em um consórcio ou em uma cooperativa, instalem uma micro ou minigeração distribuída e utilizem a energia gerada para redução das faturas dos consorciados ou cooperados.
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), o engenheiro eletricista Marcelo Cad ressalta que, “embora as novas medidas representem avanços em relação à legislação anterior, o custo da implantação dos sistemas doméstico ainda é considerado relativamente caro para a maioria dos brasileiros”, como frisa. A média de preço do kit do sistema de energia solar, por exemplo,  custa R$ 10 mil por metro quadrado, conforme informou o professor.
Cad explica que são necessários equipamentos cujos preços são baseados na cotação do dólar. Placas fotovoltaicas, conversor de energia, inversor de frequência, controlar de carga, além de estrutura metálica de suporte e a contratação de serviço especializado compõem os custos. “É um investimento que precisa ser planejado, prevendo compensação futura”, diz. No caso do Ifba, que se antecipou apostando na energia solar antes mesmo da entrada em vigor das  novas medidas, o projeto de instalação prevê redução de 40% das contas de energia ainda este ano.
Conta mais barata
Desde esta terça, a bandeira amarela vigora no lugar da vermelha, reduzindo o custo adicional em 50%: de R$ 3 por cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos para R$ 1,50.(A Tarde)

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