Dilma e Lula se reúnem em São Bernardo
A presidente Dilma Rousseff chegou por volta das 13h deste sábado (5) a São Paulo para visitar Luiz Inácio Lula da Silva. Ela saiu de Brasília em um avião, que pousou no início da tarde no Aeroporto de Congonhas, Zona Sul da capital paulista, segundo a TV Globo. Em seguida, ela foi de helicóptero até São Bernardo do Campo, no ABC, e seguiu de carro até o prédio do ex-presidente, acompanhada do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
Na sacada do apartamento, Dilma acenou para militantes, acompanhada de Lula e da esposa do ex-presidente, Marisa Letícia. Na rua em frente ao prédio, manifestantes em apoio a Lula soltaram uma fumaça vermelha. Após o encontro, Dilma Rousseff deve seguir para Porto Alegre (RS), onde tem compromissos pessoais.
Este é o primeiro encontro da presidente com Lula depois de a Polícia Federal (PF) ter deflagrado, na sexta-feira (4), nova etapa da Operação Lava Jato, cujo foco era o ex-presidente. Além de levar Lula para depor, em um posto da PF no Aeroporto de Congonhas, os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em São Bernardo, na sede do Instituto Lula, na capital paulista, e no sítio que era usado por ele em Atibaia (SP).
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula é investigado porque há indícios de que ele recebeu benefícios desviados da Petrobras por meio da execução de reformas no apartamento triplex do Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP). Os procuradores ressaltaram ainda que há evidências de que o petista recebeu móveis de luxo nos dois imóveis e teve a armazenagem de bens em uma transportadora bancada pela construtora OAS, uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Vigília
Militantes pró Lula fazem vigília no prédio onde o ex-presidente mora desde a manhã deste sábado. Cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar estão no local protestando contra a investigação da Justiça Federal, que apura se o petista recebeu dinheiro da corrupção da Petrobras.
No começo da tarde deste sábado, o ex-presidente saiu do prédio e se reuniu com os militantes. Ele foi ovacionado pelos manifestantes, mas não subiu em um carro de som estacionado em frente ao edifício.
Depoimento à PF
Depois de prestar depoimento à PF, Lula fez um pronunciamento. O ex-presidente disse que que se sentiu “prisioneiro” por ter sido levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal. O ex-presidente afirmou ainda que “acertaram o rabo da jararaca”, mas “não mataram”. E também falou sobre a presidente Dilma Rousseff: “Não permitem que a Dilma governe esse país”.
Depois de prestar depoimento à PF, Lula fez um pronunciamento. O ex-presidente disse que que se sentiu “prisioneiro” por ter sido levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal. O ex-presidente afirmou ainda que “acertaram o rabo da jararaca”, mas “não mataram”. E também falou sobre a presidente Dilma Rousseff: “Não permitem que a Dilma governe esse país”.
Lula também afirmou, em manifestação a militantes na sede do PT em São Paulo, que vale mais “o show midiático” do que a “apuração séria”. “Lamentavelmente, eu acho que estamos vivendo um processo em que a pirotecnia vale mais do que qualquer coisa. O que vale mais é o show midiatico do que a apuração séria, responsável, que deve ser feita pela Justiça, pela polícia, pelo Ministério Público”, disse o ex-presidente.
Dilma
A presidente Dilma Rousseff fez uma declaração, no Palácio do Planalto, sobre o ocorrido. Ela manifestou o “mais absoluto inconformismo” com a “desnecesária condução coercitiva” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidente Dilma Rousseff fez uma declaração, no Palácio do Planalto, sobre o ocorrido. Ela manifestou o “mais absoluto inconformismo” com a “desnecesária condução coercitiva” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Quero manifestar o meu mais absoluto inconformismo com o fato de o ex-presidente Lula, que por várias vezes compareceu de forma voluntária para prestar esclarecimentos perante as autoridades, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar mais um depoimento”, disse a presidente.(G1)