Resultado parcial indica derrota de Evo em referendo
Resultado preliminar do Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP) da Bolívia informou, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (22), o “não” à nova reeleição de Evo Morales saiu na frente no referendo popular que permitiria ao presidente Evo Morales se candidatar a um quarto mandato (2020-2025). O referendo foi realizado neste domingo (21).
Segundo o OEP, 63,44% dos bolivianos votaram contra a proposta. Outros 36,56% optaram pelo “Sim”. Cerca de 8,3 mil das 30,3 mil urnas já tinham sido apuradas até por volta das 10h (horário de Brasília).
No final da noite de domingo, as primeiras pesquisas já mostravam que os bolivianos estavam rejeitando a proposta.Segundo a emissora de TV privada ATB, 52,3% dos bolivianos votaram de forma contrária à proposta de uma nova reeleição do presidente Evo Morales. Outros 47,7% se mostraram favoráveis a proposta de um novo mandato de quatro anos.
A pesquisa foi realizada pela Opsos, com base em 100% dos votos. A expectativa era de que 6,5 milhões de pessoas votassem. Já o jornal boliviano ‘El Deber’ diz que o Não venceu com 51%, contra 49% do Sim.
O governo boliviano, no entanto, entendia a pesquisa como empate técnico.
Esta é a primeira e mais séria derrota política do presidente boliviano, no poder desde 2006, que contava em vencer com 70% a consulta popular.
De acordo com o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), 4,85% dos votos já foram apurados. Até agoram 63,4% disseram Não à possibilidade de uma nova reeleição, enquanto 36,6% votaram no Sim.
Votação adiada
Na reta final da votação, que terminou às 16h locais (17h de Brasília), algumas seções não funcionaram de maneira adequada, provocando o protesto de eleitores, como em Santa Cruz (leste do país), onde algumas pessoas queimaram urnas e cédulas vazias.
Na reta final da votação, que terminou às 16h locais (17h de Brasília), algumas seções não funcionaram de maneira adequada, provocando o protesto de eleitores, como em Santa Cruz (leste do país), onde algumas pessoas queimaram urnas e cédulas vazias.
Com isso, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) anunciou que adiou até 6 de março a votação do referendo constitucional em dois colégios eleitorais, totalizando 35 seções.(G1)
