Médicos peritos fazem mutirão nas agências do INSS de Salvador e região
Começou neste sábado (27) o mutirão de perícias médicas nas agências do INSS de Salvador e Região Metropolitana. Depois de cinco meses de greve, cerca de 50 mil perícias não foram realizadas. A expectativa é de que o atendimento só seja normalizado daqui a seis meses. Aos sábados, apenas segurados que foram convocados pelo INSS por meio de carta ou pelo telefone podem ser atendidos. Para tentar participar do mutirão, é preciso antes fazer o agendamento pelo telefone 135.
A agência de Brotas funcionou das 7h até as 14h. Outras três agências tiveram atendimento: em Itapuã, Lauro de Freitas e na sede do INSS do Comércio. Trezentas pessoas foram atendidas. Gilberto Santos tinha perícia marcada para dezembro, mês em que os médicos peritos estavam em greve, e conseguiu ser atendido neste sábado.
“Foi marcada [a perícia] para o mês 9 [setembro]. Eu fui na agência de Itapuã e não atenderam. Remarcaram para dezembro de 2015. Eu compareci, me atenderam e mandaram eu ir para casa. No início desta semana, marcaram para hoje, sábado. Sempre contribuí e agora chegou a minha vez. Estou correndo atrás para ver se consigo”, disse o trabalhador rural.
Foram 165 dias de greve, de setembro do ano passado a fevereiro deste ano, período no qual somente em Salvador e região metropolitana, cerca de 50 mil perícias médicas deixaram de ser realizadas. Os peritos dizem que vão fazer mutirões como o deste sábado nos próximos seis meses, até normalizar o atendimento.
“Nós, médicos peritos da gerência Salvador, tomamos a prerrogativa de iniciar os mutirões aos sábados para tentar agilizar, antecipar o tempo de espera de algumas perícias que estão prolongadas por conta da greve. A nossa expectativa é de que em seis meses nós consigamos sanar esse déficit que ficou por conta da greve e que as perícias que estão com tempo prolongado de espera consigam todas serem antecipadas nesse período de seis meses”, disse a médica perita Adriana Vilas boas.
Pessoas como Dona Rosana Silva não conseguiram ser atendidas durante a greve e agora esperam conseguir a contribuição. “Estou aguardando desde o ano passado e agora vou para a perícia esperar o resultado. Tenho fé em Deus de que vou conseguir”, conclui a operadora produção.(G1)