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Startup usa tecnologia espacial para criar salto confortável

Os sapatos de salto alto possuem uma falha que nunca foi muito bem resolvida: usá-los pode ser muito doloroso. Como todo problema é também uma oportunidade de negócio, a startup Thesis Couture se dispôs a criar saltos (realmente) mais confortáveis.
Para isso, a inspiração veio de uma fonte inusitada: o espaço. Não é para menos, já que Dolly Singh, a fundadora da startup, trabalhou como recrutadora de talentos na SpaceX – empresa de transporte espacial do empreendedor Elon Musk. A companhia é feita de um espaço industrial enorme, e andar pela fábrica todos os dias fez com que a relação da funcionária com os sapatos chegasse a um dilema.
“Eu tinha duas opções: ou eu andaria com sapatos mais feios ou eu continuaria usando meus lindos saltos e acabaria com os pés deformados. Chegou ao ponto de esse ser um problema realmente importante na minha vida. Então, eu disse para mim mesma: ‘não reclame, faça algo’”, conta Singh à Bloomberg Businessweek.
A Thesis Couture foi inaugurada em 2013, em Los Angeles. O investimento inicial, de 240 mil dólares, veio do bolso da própria empreendedora. Outros 500 mil dólares foram obtidos por meio de aporte de amigos, diz a Bloomberg.
Singh resolveu diversificar a equipe da startup, evitando profissionais da indústria tradicional de calçados. O time conta, por exemplo, com um engenheiro de foguetes, com uma especialista em tecnologia vestível e até mesmo com um astronauta.
Como funciona?

Nos sapatos de salto alto comuns, a sustentação se dá por meio de uma pequena barra de metal, que perpassa todo o solado. A ideia da Thesis Couture é fazer essa parte do sapato não a partir do metal, e sim com polímeros (conjunto de moléculas que pode formar, por exemplo, o plástico).

Misturando materiais plastificados na estrutura do sapato, a proposta é que o peso do corpo seja distribuído de forma mais igualitária. Singh contou ao Wall Street Journal que, em saltos altos comuns, 80% do peso do corpo é carregado pelo peito do pé. Nos sapatos da Thesis Couture, essa porcentagem cai para 50% – uma sensação parecida com a de andar com sapatos plataformas.
Vendas
Segundo a Fortune, a pré-venda do primeiro sapato da Thesis Couture começará em janeiro. Esse modelo inaugurará a coleção de primavera da startup (no Brasil, será outono). Serão 1,5 mil sapatos dessa vez, sendo que cada um custará 925 dólares – cerca de 3.750 reais, pela cotação atual. A lista de inscrições para encomendas já está aberta no site da startup.
Para a próxima coleção, os sapatos terão preços entre 350 e 1,2 mil dólares (de 1.420 até 4.866 reais). O alto preço, diz o site, ainda é um ponto que dificulta o sucesso da marca.
(Exame)

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