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Mapeamento apontará locais para produção de energia solar

A exemplo do que ocorre com a produção de energia eólica (a partir dos ventos) no estado, nos próximos anos, a Bahia deve se tornar também referência na produção de energia fotovoltaica (solar). Para isso, o Governo do Estado, por meio das secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Invação (Secti) e de Infraestrutura (Seinfra), assinou convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), via o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) para elaborar o Atlas Solarimétrico da Bahia.

O projeto foi apresentado na manhã desta quinta-feira (28), no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador, com a presença dos secretários estaduais Manoel Mendonça (Secti), Marcus Cavalcanti (Seinfra), além do vice-governador e secretário de Planejamento, João Leão, e o diretor -regional do Senai, Leone Peter Correia.

De acordo com o gerente de mercado do Senai/Cimatec, Miguel Andrade, o mapeamento, nos moldes em que será executado, é inédito no Brasil. “A Bahia está saindo na frente, principalmente na forma e na qualidade da medição deste atlas solar. Com exatidão [na divulgação dos dados] queremos que o empresariado tome a decisão de investir no estado. Este é o diferencial. Um atlas que tem o poder de revelar [detalhes do potencial] e atrair investimentos para a Bahia”.

Na ocasião, o secretário Manoel Mendonça explicou que a intenção do governo é fazer com que, por meio de um estudo detalhado e preciso, investimentos na área da energia solar sejam realizados na Bahia. “Este será um documento muito importante para incentivar o planejamento e a instalação de empresas de parques solares no estado da Bahia. Há alguns anos, fizemos um atlas eólico que teve um papel fundamental de incentivar o crescimento desta indústria de [energias] renováveis na Bahia”.

Ainda sobre a vocação baiana para produção de energia fotovoltaica, o titular da Secti comparou a Bahia a países europeus que, atualmente, são referência mundial na geração deste tipo de energia. “Só para se ter uma ideia, a Alemanha tem uma radiação solar de 800 watts por metro quadrado/dia. A Bahia tem seis mil [watts por metro quadrado/dia]”.

Cadeia produtiva

Durante o lançamento do projeto do Atlas Solarimétrico, o secretário Marcus Cavalcanti ressaltou a necessidade de que na Bahia também sejam produzidos os itens que irão compor os parques para produção de energia solar. “O nosso trabalho é fazer com que na cadeia da geração de energia solar, a Bahia consiga atrair também os fabricantes dos componentes das placas [que captam a radiação do sol], a pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias, pois temos que adaptar as placas às condições climáticas, por sermos um estado tropical. Com isso, possamos gerar, além de energia, emprego e renda para a população”.

A fim de proporcionar a equidade econômica entre as diferentes regiões do estado, o vice-governador e titular da Seplan, João Leão, afirmou que o poder executivo tem se empenhado para que novos investimentos ocorram também nas regiões mais remotas da Bahia. Segundo ele, neste sentido, a produção de energia solar poder vir a ser indutora da economia no semiárido, por exemplo. “Sem energia não existe desenvolvimento. Por isso, estamos realizando este planejamento, capitaneado pelo governador Rui Costa. Para a Bahia, isto é essencial”.
(SECOM)

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