Proposta de voto impresso é ‘Retrosesso’, rebate TSE
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateram nesta quinta-feira, 5, o documento produzido pelo PSDB sobre o resultado das eleições presidenciais de 2014, em que o partido afirma que o sistema eleitoral do País pode ser fraudado e sugere a implantação do voto impresso (leia aqui).
Para o ministro Herman Benjamin, a proposta dos tucanos é um “retrocesso”. “Penso que é papel desse tribunal defender a modernidade e lisura do processo eleitoral brasileiro. Qualquer proposta que venha retroceder deve receber uma resposta muito dura das instituições. Causa profunda dificuldade uma proposta que sugere impressão de votos”, disparou. “No mundo interino o processo brasileiro é festejado, é exemplo. Mesmo um país com dificuldades econômicas, políticas, institucionais, é um exemplo de que é possível avançar”, disse.
Benjamin cobrou a atuação dos partidos políticos . “O apelo que fiz foi aos partidos que são eles que têm o dever de zelar pela própria instituição da Justiça Eleitoral. A força desse tribunal, a credibilidade da Justiça Eleitoral depende da transparência e dos mecanismos de respostas. A justiça está de parabéns e portas abertas, escancaradas e não há cofres aqui e nem escurinho do cinema”, completou.
O presidente do TSE, Dias Toffoli reforçou a credibilidade do atual modelo. Ele criticou ainda o fato de nenhum partido ter participado, em 2014, da audiência pública que discutiu o sistema antes do pleito. “Há pontos [na auditoria] de críticas, vulnerabilidade, mas foi positivo. Foram escolhidos os técnicos mais críticos à urna eletrônica e de tal sorte essa conclusão é de que não houve nenhum fato concreto que possa colocar em dúvida o resultado das eleições”, disse. Toffoli.
O sistema de votação eletrônica da Justiça Eleitoral brasileira também foi defendido pela ministra Luciana Lossio. “A Justiça Eleitoral não tem nada a esconder e é um tribunal abertos para todos que queiram entender mais esse sistema”, disse Lossio.
Já o ministro Gilmar Mendes sugeriu que a Corte Eleitoral amplie os mecanismos de controle das urnas eletrônicas, numa medida para “evitar a boataria”.
(247)