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Dilma admite que errou ao gastar muito no primeiro mandato

Segurança por todos os lados e revista rigorosa. Dentro da área do desfile em Brasília nada de faixas e cartazes. A presidente chegou ao palanque das autoridades em carro aberto, escoltado por um tanque de guerra e foi aplaudida. Dilma sorriu, acenou e brincou com crianças.
Fora da área do desfile, manifestantes levaram um boneco inflável da presidente Dilma Rousseff, com nariz de Pinóquio, e também o do ex-presidente Lula, com roupa de presidiário. Além disso, distribuíram notas falsas com as imagens da presidente Dilma e de Lula. O protesto reuniu mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e 15 mil, segundo os organizadores.
No final, placas de alumínio usadas para isolar a área do desfile vieram abaixo, com chutes de um grupo que protestava contra o governo. Ninguém foi preso. Manifestantes também desfilaram com uma faixa pedindo o impeachment da presidente, depois que ela já tinha ido embora.
As comemorações do Dia da Independência não terminaram como de costume. A presidente abriu mão do tradicional pronunciamento em cadeia de rádio e TV, assim como no Dia do trabalhador, e optou por falar à nação em redes sociais na internet.
Ela falou que os atuais problemas do país são consequência dos gastos do governo com emprego e renda dos trabalhadores e que algumas medidas serão reavaliadas.
“As dificuldades e os desafios resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais. Agora, temos de reavaliar todas essas medidas e reduzir as que devem ser reduzidas”, disse Dilma Rousseff no pronunciamento.
A presidente pediu união acima de interesses partidários e falou em corrigir erros. “Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente. Quero dizer a vocês: alguns remédios para essa situação, é verdade, são amargos, mas são indispensáveis. As medidas que estamos adotando são necessárias para botar a casa em ordem, reduzir a inflação, por exemplo, nos fortalecer diante do mundo e conduzir o mais breve possível o Brasil à retomada do crescimento”, afirmou Dilma.
(G1)

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