Campanhas Proporcionais: O planejamento também é decisivo
Muitas pessoas acreditam que os recursos modernos de planejamento de campanha, marketing político e estratégia eleitoral, que são fundamentais para uma campanha majoritária, não são tão importantes assim em uma campanha proporcional, na qual um candidato busca uma vaga como deputado federal, estadual ou mesmo como vereador.
Por um lado, o investimento em instrumentos modernos de planejamento de campanha é visto com desconfiança por candidatos e auxiliares mais próximos, especialmente diante da realidade dos magros orçamentos dessas campanhas, especialmente as de vereador.
Por outro, o caráter de uma campanha proporcional, que não se decide no rádio ou na TV, mas sim no varejo eleitoral, acaba induzindo candidatos e assessores a dispensar pouco tempo ao planejamento, e a relegar a um segundo plano a tarefa intelectual de posicionar corretamente a sua campanha e estabelecer uma estratégia apropriada para suas circunstâncias. Em outras palavras, a tentação ao artesanalismo é sempre muito grande.
Essa é uma postura equivocada. É verdade que as campanhas proporcionais, em geral, não possuem orçamentos capazes de contratar alguns instrumentos sofisticados de marketing político. Além disso, tais recursos, como pesquisas quantitativas e qualitativas, possuem uma importância muito menor em uma campanha proporcional. Mas nada disso elimina a necessidade do planejamento, do posicionamento e da formulação de uma estratégia também em uma campanha proporcional.(P Para Politicos)