Em crise política e econômica, gregos veem aumento da violência no futebol
O governo grego está preocupado com a escalada de violência no futebol do país. No fim de semana passado, torcedores do Panathinaikos invadiram o campo para agredir os jogadores do Olympiacos, e o maior clássico do país teve de ser paralisado. Para completar o cenário, a Grécia passa por um momento econômico e político bastante delicado, e algumas pessoas aproveitam o futebol para externar o seu descontentamento de forma violenta.
Diante disso, o governo decidiu interromper a disputa do campeonato nacional. Na próxima semana, as autoridades gregas se reúnem para decidir se a Superliga pode ser retomada. Esta é a terceira paralisação do campeonato nesta temporada. Todas motivadas pela violência de seus torcedores
A confusão já começou antes do jogo mesmo. O governo entrou no meio porque já está vendo que algo mais grave pode acontecer, como a morte de um torcedor ou um jogador sair gravemente ferido – diz Leandro Salino, meia brasileiro do Olympiacos. O novo primeiro-ministro do país, Alexis Tsipras, assumiu o cargo em janeiro diante do desafio de administrar um país que possui dívida de cerca de R$ 1 trilhão com os demais países da Zona do Euro. A possibilidade de calote aos credores internacionais ameaça a permanência dos gregos no sistema da moeda única europeia.
A instabilidade política e econômica gera protestos cada vez mais violentos na capital, Atenas. Na madrugada desta sexta-feira, policiais e pessoas que são contra o governo de esquerda de Tsipras se enfrentaram nas ruas da cidade. É neste cenário que o futebol grego está inserido. O país está diante de um grande desafio, onde também o esporte também foi inserido.(Sportv)