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Antártida está perdendo rapidamente sua borda

A conceituada revista Science publicou nesta quinta-feira (26/03) um artigo de Carolyn Gramling sobre uma das mais preocupantes conseqüências do aquecimento global. “A margem de gelo da Antártida está se dissolvendo devido às águas mais quentes dos oceanos — e a perda de gelo subiu dramaticamente na última década, de acordo com um novo estudo. Ao recompor um recorde em 18 anos de diluição de plataforma de gelo em três diferentes apanhados de dados de satélite, os pesquisadores descobriram que algumas plataformas de gelo no oeste da Antarctica perderam 18% de seu volume nas últimas duas décadas. Mas a história no leste da Antártida ainda é obscura, dizem eles; apesar do volume de seus bancos de gelo oscilaram significativamente, eles não acharam uma clara tendência de perda de volume durante esse período”.
Gramling prossegue: “A camada de gelo da Antártida, que cobre a maior parte do continente, é ancorada no lugar através de sua franja flutuante, as plataformas de gelo que se lançam ao oceano. As plataformas agem como um suporte para o gelo mais “estabelecido”, ajudando a desacelerar o fluxo das geleiras das placas de gelo no oceano. Mas as águas dos oceanos mais quentes têm consumido no lado de baixo dessas plataformas de gelo, deixando as mais finas em vários lugares e reduzindo sua habilidade de dar suporte ao gelo”. 
“Esse efeito é particularmente aparente nas partes do manto de gelo da Antártida Oriental, há muito considerada como sendo a parte mais vulnerável à mudança de clima do continente. Duas regiões do WAIS, os mares Amundsen e Bellingshausen, passaram por perdas de gelo particularmente dramáticas nas duas últimas décadas”, diz o artigo.
Um estudo de 2012 na revista Nature, usando dados coletados via satélite da missão ICESat de 2003 a 2008, disparou o alarme, relatando que as plataformas de gelo no manto de gelo da Antártida Oriental estavam agora perdendo volume.
Porém, esses 5 anos de dados são muito poucos para identificar totalmente tendências na perda de volume em várias regiões da Antártida, diz Fernando Paolo, um estudante Ph.D. na Instituição Scripps de Oceanografia em San Diego, na Califórnia. 
Paolo concorda que as novas medidas são apenas parte da história que decorre sobre o futuro da plataforma de gelo da Antártida. De fato, diz ele, eles enfatizaram a necessidade de dados adicionais para acompanhar esse progresso. Para realmente entender o que está acontecendo com as plataformas e mantos de gelo, diz ele, os cientistas vão precisar não somente de dados de altimetria via radar mas também de medidas contínuas de características oceânicas perto e debaixo das plataformas de gelo, e melhores mapas de batimetria, como o que foi produzido pela equipe de Siegert. “Agora podemos começar a pensar de uma maneira diferente sobre como [a região] pode responder no futura a potenciais perturbações.”
(Jornal do Brasil)

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