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Alta do dólar pode deixar smartphones mais caros no Brasil

Até o início do mês de março, o ano de 2004 havia ficado marcado como a última ocasião em que o dólar passava da marca de R$ 3. Agora que isso aconteceu novamente, economistas já temem que a moeda não retorne mais a casa dos dois reais, como anteriormente. Esse cenário também traz problemas para a indústria  de produtos eletrônicos, o que em breve irá refletir no bolso do consumidor desses produtos. Isso porque boa parte do que o mercado brasileiro vende nesse setor é na verdade fabricado fora do Brasil, especialmente computadores, tablets, televisores e smartphones. Ainda que alguns produtos sejam montados no Brasil, algumas peças continuam sendo importadas, o que irá resultar em aumento nos valores pela recente alta do dólar.
Ainda nos casos em que o produto tiver origem totalmente no Brasil, a fabricante pode optar por seguir essa nova tendência do setor e também aumentar os preços, acompanhando a concorrência. Hoje, o Brasil não tem condições de negociar com o real no mercado estrangeiro, por não se tratar de uma moeda forte como o euro. Isso deixa o Brasil dependente do dólar, por conta da aceitação que a moeda tem. Como o real está muito desvalorizado em comparação com o dólar, isso significa que qualquer coisa que for comprada fora do Brasil tende a ficar ainda mais cara, como acontece com as peças dos aparelhos eletrônicos.
Mesmo sendo essa tendência, ainda não é possível afirmar com certeza que este será o cenário do setor com a alta do dólar. Isso porque as empresas que atuam nesse mercado também dependem de importações e já costumam trabalhar com margens de custo para absorver a variação cambial. A diferença nesse caso é que o aumento veio muito alto e em um curto período de tempo, o que deve representar um aumento de custos significativo. Nesse momento, estamos com mais de 20% de flutuação cambial, num intervalo de tempo muito pequeno.
Também entra nessa conta o fluxo de vendas, que no caso dos eletrônicos, devido ao grande número de concorrentes, a tendência é que seja menor essa margem. O mesmo vale para smartphones e televisores. Modelos mais básicos, que saem mais no mercado, têm mais concorrência e a tendência dos fabricantes será baixar os preços. Por outro lado, os modelos de primeira linha, mais caros, irão sofrer uma influência maior da alta do dólar.
(Noticias BR)

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