Tudo de novo, outra vez! – Brasil às escura
Metade da força de produção do Brasil para graças a apagão técnico!
Sem planejamento para o setor elétrico que, no Brasil depende em sua grande maioria das usinas hidroelétricas, o Brasil sofreu na tarde desta segunda-feira o seu primeiro apagão.
Segundo o Operador Nacional do Sistema, o apagão foi realizado pelo próprio sistema como forma de evitar o que seria um apagão por sobrecarga. Segundo o NOS, os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Espirito Santo e o Distrito Federal estava demandando carga além das possibilidades de fornecimento, o que acarretaria um apagão de grandes proporções caso a manobra não fosse realizada.
Este fato, entretanto, evidencia a falta de investimento no setor de geração de energia e, o que mais grave, a falta de opções que possam dar suporte a planta de consumo das grandes regiões produtoras e, ainda, às regiões densamente povoadas.
Nos últimos 8 anos, o governo federal vem patinando para levar a cabo a construção de hidroelétricas como Belo Monte que enfrenta sérias restrições do ponto de vista legal. Outro ponto negativo é que, desde os grandes apagões que foram registrados nos governos FHC, Lula e, no atual governo, o Brasil não investiu de forma significativa em fontes de energia alternativa, tais como a geração eólica ou a fotovoltaica. Opções que, muito embora não representem fontes de alimentação para a planta industrial, poderiam ser utilizadas para amenizar o consumo doméstico.
A energia solar, por exemplo, poderia ser uma opção para amenizar o consumo doméstico. Acontece que a aquisição de um quite de captação, formado por painéis e baterias, ainda custa cerca de 5 a vinte mil reais. Valores que fogem da possibilidade da maioria das famílias brasileiras e que não conta com a redução de impostos ou incentivos em sua produção por parte do governo federal.
Como a quantidade de chuvas está reduzida em todo país e a geração de energia elétrica depende das hidroelétricas, certamente teremos outros apagões no decorrer do verão, principalmente. O que se espera é uma ação organizada do governo federal na criação de alternativas para o problema que se apresenta. Esta solução deve vir a curto prazo ou, para desespero da indústria, trará serias complicações para milhões de empresários que depende diretamente da energia elétrica para operacionalizarem suas linhas de produção.
Mais uma vez, o governo da presidente Dilma Rousseff demonstra que é bom mesmo de discurso e palanque, na vida administrativa prática só fecha a porta depois de roubado. Vide caso da Petrobras!
Por Jorge Andrade