NotíciasSem categoria

Polícia francesa prende 7 pessoas por relação com ataque

A polícia francesa prendeu na madrugada desta quinta-feira pelo menos sete pessoas por suspeita de ligação com os terroristas que atacaram a sede da revista satírica Charlie Hebdo. As detenções foram realizadas durante a megaoperação policial lançada para caçar os responsáveis pelas doze mortes no atentado. A força-tarefa mobilizou milhares de policiais, helicópteros e serviços de inteligência. Segundo a rede britânica BBC, as prisões aconteceram nas cidades de Paris, Reims e Charleville-Mezieres. Os dois principais suspeitos do atentado, no entanto, ainda não foram capturados e a polícia segue mobilizada em todo o país.
Tiroteio – Na manhã desta quinta-feira, um tiroteio no sul de Paris deixou um policial e um funcionário de limpeza feridos, segundo a agência France-Presse. A polícia francesa isolou o local dos disparos. Ainda não se sabe se há relação entre o incidente e o ataque contra a revista.
Na noite de quarta, as autoridades divulgaram as fotos dos principais suspeitos, os irmãos Cherif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, e pediram ajuda da população para localizar os dois, acrescentando que eles são perigosos e podem estar armados. O terceiro homem que estava sendo procurado se entregou às autoridades na noite de quarta. Hamyd Mourad, de 18 anos, se rendeu voluntariamente a policiais de uma delegacia de Charleville-Mézières, no norte da França. Segundo a agência de notícias France-Presse, Mourad se entregou depois de ver o seu nome circular nas redes sociais.
Suspeitos – Cherif e Said Kouachi são irmãos de nacionalidade francesa e origem argelina, nascidos em Paris. A identidade deles teria sido descoberta através de um cartão de identidade deixado em um dos carros usados na fuga. Cherif já era conhecido das autoridades e chegou a ser condenado a 18 meses de prisão em 2008 por fazer parte de um grupo jihadista que incitou jovens a combater no Iraque.
Em entrevista à emissora de rádio RTL, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, reconheceu que os irmãos Kouachi estavam sendo monitorados pelas forças de ordem por causa de seu extremismo religioso. “O serviço secreto os conhecia”, afirmou Valls. O político, porém, frisou que “centenas” de pessoas são monitoradas por possíveis relações com o terrorismo e que não é possível controlar todas elas. “Não existe risco zero”, admitiu.
Massacre – Na quarta, terroristas mascarados armados com fuzis assassinaram doze pessoas na sede da revista Charlie Hepdo. Entre as vítimas do brutal massacre estão o editor da publicação, o cartunista Charb, além de outros quatro chargistas do periódico. Depois do ataque, dois atiradores foram filmados gritando “Alá é o maior” e “Nós vingamos o profeta”. A chargista Corinne Rey, que assina como Coco, presenciou o ataque e afirmou ao jornal francês L’Humanité que os terroristas “reivindicaram ser da Al Qaeda”.
Solidariedade – O ataque sangrento e covarde contra a revista despertou comoção e solidariedade na Europa e no mundo. Horas depois do massacre, as ruas de Paris e de várias cidades da França foram tomadas por multidões em solidariedade às vítimas. A agência France-Presse fala em mais de 100.000 manifestantes em toda a França. Vigílias também aconteceram em outras grandes cidades da Europa e dos Estados Unidos. Nas redes sociais,cartunistas de todo o planeta renderam homenagens aos mortos e à coragem dos chargistas da Charlie Hepdo.

(EFE)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *