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Distância entre ricos e pobres aumenta

A crescente brecha entre as rendas dos cidadãos pobres e ricos pode causar danos graves ao mundo na próxima década, segundo um estudo do Fórum Econômico Mundial (WEF) divulgado nesta quinta-feira (16) em Londres, uma semana antes da abertura do Fórum de Davos, na Suíça, de 22 a 25 de janeiro.
“A desigualdade desperta preocupação sobre a grande recessão e o efeito redutor nas classes médias das economias desenvolvidas, ao mesmo tempo em que a globalização atrai uma polarização das rendas nas economias emergentes e no desenvolvimento, apesar dos óbvios progressos em países como o Brasil”, explica o relatório.
O documento foi elaborado por mais de 700 políticos, acadêmicos e empresários e analisa um total de 31 riscos para os próximos dez anos, desafios que só se podem ser enfrentados com “cooperação internacional”.
Entre os dez primeiros e mais preocupantes estão, além das diferenças econômicas, as crises fiscais, o alto desemprego estrutural e as crises de água.
Também se destacam a mudança climática, a maior incidência de fenômenos meteorológicos – como inundações e incêndios – e o fracasso do governo mundial, com instituições multilaterais cada vez mais questionadas.
Além disso, consideram-se riscos potenciais uma crise alimentícia, a possibilidade de novos erros do sistema de instituições financeiras e uma profunda instabilidade política e social.
Destes riscos, segundo os autores do relatório, os mais prováveis são, depois da desigualdade de renda, os fenômenos climáticos extremos, o desemprego e subemprego, a mudança climática e os ataques cibernéticos.
Os de mais impacto social seriam as crises fiscais, de novo a mudança climática e as crises de água, assim como o alto desemprego, que hoje em dia afeta “economias maduras”, como Grécia e Espanha.
Também se considera um perigo para a sociedade, tão dependente da comunicação pela internet, “uma interrupção crítica da infraestrutura da informação” a “uma escala capaz de desintegrar sistemas ou inclusive sociedades”.
O relatório reconhece que as recentes revelações sobre vigilância governamental diminuíram o desejo da comunidade internacional de melhorar a governança da rede mundial, o que expõe o sistema aos hackers.
O texto também faz referência aos desafios dos jovens que chegam à maioridade na atual década, às menores oportunidades de emprego e aos custos crescentes da educação, e recorda que mais de 50% dos jovens de alguns países desenvolvidos – como a Espanha – buscam trabalho e que o emprego informal em regiões em desenvolvimento onde vivem mais 90% da juventude do mundo registra crescimento.

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