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Saiba quem são os foragidos e presos na sétima fase da Lava Jato

A sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (14) pela Polícia Federal (PF), cumpriu mandados de prisão preventiva, prisões temporárias e de condução coercitivas no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Entre os suspeitos presos pela PF estão um ex-dirigente da Petrobras e executivos de empresas que mantêm contratos com a estatal. Até as 10h deste sábado (15), 20 estavam presos na sede da PF em Curitiba e 5 seguem sendo procurados.
Renato Duque
O ex-diretor de Serviços da Petrobras, indicado pelo PT para o alto escalão da estatal, foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Durante depoimento prestado à Justiça Federal, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e cumpre prisão domiciliar, disse ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa entre 2004 e 2012. À época, Duque comandava de Serviços da petroleira era Duque.
Segundo o delegado da PF responsável pela Lava Jato, Igor Romário de Paula, o ex-diretor de Serviços é investigado pela suposta participação na celebração de contratos oriundos de um “cartel de empreiteiras” e pelo suposto desvio de recursos para a corrupção de agentes públicos e políticos.
Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há “notícia de uma ação penal ajuizada contra ele”. “Os advogados desconhecem qualquer acusação”, diz o comunicado.
“A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade”, acrescentou a nota de Duque.
Sérgio Cunha Mendes
O vice-presidente da construtora Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, não foi localizado pela Polícia Federal. A Justiça Federal do Paraná expediu um mandado de prisão preventiva contra ele.

(Inicialmente, esta reportagem informou, com base em informações da Polícia Federal, que o vice-presidente da construtora Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, já havia sido preso no Distrito Federal. No início da tarde desta sexta, a PF retificou a informação, esclarecendo que o dirigente da empreiteira está negociando sua apresentação às autoridades policiais).
Segundo a PF, a construtora firmou contrato com a Petrobras na área que foi controlada por Paulo Roberto Costa.
Por meio de nota oficial, a Mendes Júnior disse que está colaborando com as investigações da Polícia Federal e contribuindo para o acesso às informações solicitadas. A empresa informou também que, até o final desta manhã, a empresa não tinha conhecimento sobre mandados de prisão e que nenhum de seus executivos havia sido preso.
‘Fernando Baiano’
Outro alvo da Polícia Federal é o lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”. A Justiça Federal do Paraná expediu mandado de prisão temporária contra Soares, mas os policiais federais ainda não o localizaram. Ele é considerado foragido.

Em depoimento em outubro à Justiça Federal, o doleiro Alberto Youssef mencionou que o lobista operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que funcionava na Petrobras. Conforme o doleiro afirmou à Justiça, Soares fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a Petrobras.
Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.
Quem foi preso
– Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras
– Jayme Oliveira Filho, que seria ligado ao doleiro Alberto Youssef

Os demais 18 presos são vinculados a empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras:
OAS
– José Aldemário Pinheiro Filho, presidente
– Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho
– Alexandre Portela Barbosa
– Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor
– José Ricardo Nogueira

Engevix
– Gerson de Mello Almada, vice-presidente
– Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor
– Newton Prado Júnior, diretor

Queiroz Galvão
– Ildefonso Collares Filho, ex-diretor-presidente
– Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor

UTC
– Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente
– Ednaldo Alves da Silva
– Walmir Pinheiro Santana
– Carlos Alberto Costa Silva

IESA
– Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente
– Otto Sparenberg, diretor

Galvão Engenharia


– Erton Medeiros Fonseca

Mendes Junior


– Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo

Quem não foi preso
Dentre os 25 mandados de prisão (seis de prisão preventiva e 19 de prisão temporária), sete não foram cumpridos nesta sexta. São os seguintes:

Mandados de prisão preventiva
– Eduardo Hermelino Leite (vice-presidente da Camargo Correa)

Mandados de prisão temporária
– João Ricardo Auler (presidente do Conselho de Administração da Camargo Correa)
– Dalton dos Santos Avancini (presidente da Camargo Correa)
– Adarico Negromonte Filho
– Fernando Antonio Falcão Soares

Mandados
Veja a lista de mandados expedidos pela Justiça Federal do Paraná:

Mandados de prisão preventiva
– Eduardo Hermelino Leite (vice-presidente da Camargo Correa)
– José Ricardo Nogueira Breghirolli (funcionário da OAS, em São Paulo-SP)
– Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor-presidente da Área Internacional da OAS)
– Sérgio Cunha Mendes (diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior)
– Gerson de Mello Almada (vice-presidente da Engevix)
– Erton Medeiros Fonseca (diretor presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia)

Mandados de prisão temporária
– João Ricardo Auler (presidente do Conselho de Administração da Camargo Correa)
– Mateus Coutinho de Sá Oliveira (funcionário da OAS, em São Paulo-SP)
– Alexandre Portela Barbosa (advogado da OAS)
– Ednaldo Alves da Silva (funcionário da UTC, em São Paulo-SP)
– Carlos Eduardo Strauch Albero (diretor técnico da Engevix)
– Newton Prado Júnior (diretor técnico da Engevix)
– Dalton dos Santos Avancini (presidente da Camargo Correa)
– Otto Garrido Sparenberg (diretor de Operações da IESA)
– Valdir Lima Carreiro (diretor-presidente da IESA)
– Jayme Alves de Oliveira Filho
– Adarico Negromonte Filho
– José Aldemário Pinheiro Filho (presidente da OAS)
– Ricardo Ribeiro Pessoa (responsável pela UTC Participações)
– Walmir Pinheiro Santana (responsável pela UTC Participações)
– Carlos Alberto da Costa Silva
– Othon Zanoide de Moraes Filho (diretor-geral de Desenvolvimento Comercial da Vital Engenharia, empresa do Grupo Queiroz Galvão)
– Ildefonso Collares Filho (ex-diretor-presidente da Queiroz Galvão)
– Renato de Souza Duque (ex-diretor da Petrobras)
– Fernando Antonio Falcão Soares

Mandados de condução coercitiva
– Edmundo Trujillo (diretor do Consórcio Nacional Camargo Correa)
– Pedro Morollo Júnior (funcionário da OAS, em Jundiaí-SP)
– Fernando Augusto Stremel Andrade (funcionário da OAS, no Rio de Janeiro-RJ)
– Ângelo Alves Mendes (funcionário da Mendes Júnior, em Belo Horizonte-MG)
– Rogério Cunha de Oliveira (funcionário da Mendes Júnior, em Recife-PE)
– Flávio Sá Motta Pinheiro (diretor administrativo e financeiro da Mendes Júnior)
– Cristiano Kok (presidente da Engevix)
– Marice Correa de Lima (funcionária da OAS, em São Paulo-SP)
– Luiz Roberto Pereira
(G1)

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