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PF prende outro ex-diretor da Petrobras e executivos de empresas

A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato, com a prisão do ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras Renato Duque e de executivos de outras empresas, aumentando a tensão na estatal e no mercado, após uma série de denúncias de corrupção nos últimos meses envolvendo grandes obras da petroleira.
Segundo a PF, 300 policiais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva, todos em São Paulo, 13 mandados de prisão temporária, a maioria na capital paulista, e seis de condução coercitiva, sendo que algumas das prisões envolveram altos executivos de diversas empreiteiras que prestavam serviços para a Petrobras.
A operação eleva os riscos financeiros para a Petrobras, cujas ações preferenciais chegaram a cair mais de 5 por cento durante a sessão e fecharam em queda de 2,94 por cento, em meio ao adiamento na divulgação do balanço do terceiro trimestre por conta da Lava Jato.[nL2N0T400K]
A ação da polícia nesta sexta-feira focou em sete grandes empreiteiras com 59 bilhões de reais em contratos com a estatal, ampliando as preocupações de investidores, que vêm sendo alertados de que a empresa poderá ter que realizar baixas contábeis, com implicações para o pagamento de dividendos, ou mesmo terá dificuldades de acessar mercados de bônus.
“Boa parte desses contratos está sendo investigada por ter sido obtida a partir de acordo prévio de um grupo com todas as características de cartel e, além disso, com a sistemática de propiciar o desvio de recursos para pagamento de agentes políticos e pagamento de agentes públicos”, disse o o delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, em Curitiba.
A estimativa da PF é que tenham sido bloqueados cerca de 720 milhões de reais em bens de 36 investigados.
Os envolvidos deverão responder por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

“As diligências realizadas nos últimos oito meses, as quebras de sigilo e os depoimentos colhidos dão material robusto para demonstrar o envolvimento delas (empresas) na formação de cartel em licitações e também no desvio de recursos para corrupção de agentes públicos”, disse o delegado a jornalistas.
(Reuters)

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