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Pesca ilegal será mapeada do espaço

Nova tecnologia chega para mapear – e tentar diminuir – a pesca ilegal no planeta. Se depender do inédito recurso, a atividade criminosa que acontece diariamente em escala industrial pode estar com dias contados.
A proposta dos ambientalistas é utilizar sofisticadas tecnologias para acabar com a “capa de invisibilidade” dos grandes navios pesqueiros atuantes em áreas ilegais. Segundo aFAO (Food and Agriculture Organization), mais de três quartos do estoque pescado já excede seus limites sustentáveis – dentre disso, muito desse material permanece não registrado e irregular.

Mas com a ajuda do SpaceQuest e do Google, os ativistas finalmente conseguiram os fundos financeiros para utilizar informações de satélites nessas procuras. Os dois grupos ambientalistas Oceana e Skytruth foram os primeiros a construir um sistema de vigilância global, capaz de localizar a pesca ilegal em qualquer lugar do planeta.

O protótipo chamado Global Fishing Watch foi lançado durante a conferência de IUCN World Parks, em Sidney. A ferramenta fez uso do software de mapas do Google, seguindo mais de 25 mil navios registrados como pesqueiros ou que estavam se movendo em regiões que sugeririam o mesmo.

Contudo, o teste foi realizado com informações de 2012 e 2013, mas “o plano é construir um modelo público que se aproximará em data e tempo”, conta Jackie Savitz, da Oceana. “Então você poderá notar a ação criminosa com diferença de dias ou horas, rápido suficiente para denunciar”, continua a ativista.

Com quatro satélites operando ao seu favor, o SpaceQuest continuará a rastrear transmissões de rádio que os grandes navios são obrigados a enviar. E apesar do sistema não ser considerado “perfeito”, os avanços conquistados com essa técnica são muito grandes. O filtro consegue transformar 3.7 bilhões de sinais enviados por navios em 300 milhões, chegando a um número médio de 25 mil barcos pescando em alto mar.

O próximo passo é possibilitar aos navios notificações em live stream para os satélites. “O nosso produto não está longe de ser uma plataforma pública. Tudo tem funcionado bem com a ajuda do Google”, diz Woods.

Mas por enquanto o protótipo só está trabalhando com os barcos marcados na “lista negra” dos grupos ambientais: “ Os governantes normalmente sabem dessas atividades, mas mesmo assim não fazem nada. Nós vamos usar essa ferramenta para apontar o problema e trazer a pressão pública. Quem sabe eles não decidem fazer seus trabalhos?”, completa o ativista.
(Correio do Estado)

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