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Carro conectado pode custar até 6% mais caro


Ferramentas de conectividade caem no gosto do consumidor e aguçam apetite do brasileiro por mais tecnologia embarcada – item poderá vir de série na maior parte dos veículos até 2025

Transformar o próprio carro em um meio de transporte inteligente soa como o máximo encontro das paixões nacionais: o carro e a conectividade. A demanda crescente por ferramentas interativas integradas à tecnologia dos veículos pode encarecer em até 6% o preço dos carros.
O GPS embutido, os comandos de voz para o veículo, o pedido de socorro automático diante de uma colisão e até as informações sobre o trânsito da cidade no painel do carro estão cada vez mais acessíveis à vida do motorista. 
A posição dessas ferramentas como adicionais para quem tem dinheiro sobrando é certamente temporária. Seja por uma necessidade de mercado ou de segurança, a adoção de elementos de conectividade pode virar regra na indústria automotiva nacional. Segundo os últimos estudos da consultoria EY sobre o tema, os itens de conectividade deverão estar em 88% dos novos carros vendidos já em 2025. O potencial dos emergentes é “gigantesco” na avaliação da consultoria.
O mercado ainda não tem uma estimativa de preço de quanto custa a adição desse tipo de acessório na linha de montagem – nem as montadora divulgam –, mas pelo barulho causado pela obrigatoriedade do airbag e dos freios ABS dá para estimar que o peso deverá ser grande sobre o peso final.
Quando começou a popularização dos airbags e freios abs nos veículos nacionais, o item – que era considerado um acessório – custava em torno de R$ 2 mil. Quando foi formalizada a obrigatoriedade dos itens, o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, estimou um aumento de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil no preço final do veículo.
Hoje, a adição do Sync a um Fiesta Rocam, da Ford, por exemplo, custa R$ 1,9 mil, ou 6% do valor do veículo – a ferramenta ainda não é um dos itens de série do modelo, que custa a partir de R$ 31.740. No caso do Mylink, da GM, o aporte adicional é de R$ 1,3 mil e na Fiat, a adição do Connect no Palio não sai por menos de R$ 1,5 mil.
Na visão de René Martinez, sócio para mercado automotivo da EY, neste momento as montadoras não só identificaram esse mercado como já estão testando o preço ideal para este produto. “Estão estimando quanto o cliente será de capaz de pagar por mais essa ferramenta”, explica.
Montadoras apostam no apetite do brasileiro à conexão
As montadoras estão apostando pesado nesse tipo de conexão com o cliente. A Volkswagen, por exemplo, em um recente anúncio publicitário embutiu uma conexão Wi-Fi em páginas de revista para dizer que o Amarok vem com uma central multimídia à disposição do usuário. “Esse tipo de tecnologia tem, cada vez mais, seu lugar entre as prioridades da indústria automotiva”, diz Martinez.
(IG)

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