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Souto diz que construção da ponte Salvador-Itaparica não é prioritária

A ponte Salvador-Itaparica pode ficar apenas no projeto caso o ex-governador Paulo Souto (DEM) volte ao Palácio de Ondina. Na quarta-feira, 4, em debate promovido na Associação Baiana de Imprensa (ABI), Souto afirmou que existem outras prioridades em um eventual governo do DEM.

“Não tenho uma opinião preconcebida. Não conheço o projeto a fundo. Agora existem outros projetos que são prioritários”, disse. De acordo com Souto, o projeto foi inicialmente apresentado com recursos privados, mas agora falta clareza sobre a origem dos recursos.

“O estado se tornou um devedor crônico. Não há como o orçamento da Bahia comportar um projeto como esse”, defendeu o pré-candidato à sucessão de Jaques Wagner. A integração com o Recôncavo pode acontecer de outras formas, disse Souto, sem detalhar as alternativas.

A construção da ponte ligando Salvador à Ilha de Itaparica foi uma das bandeiras do secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, à época em que tentou se viabilizar como candidato ao governo pelo PT. O Executivo desembolsou R$ 22,5 milhões apenas com a elaboração do projeto básico de engenharia. A previsão é que toda a obra custe cerca de R$ 7 bilhões.

Comparações

Souto respondeu ainda a uma declaração feita pelo adversário, Rui Costa (PT). Na semana passada, o petista se apresentou no debate da ABI como o “melhor preparado entre os candidatos”.

“Todos os candidatos devem ser considerados. Quem tem que dizer quem é o melhor candidato é a população, nas urnas”, rebateu o democrata. Segundo Souto, situações como essa “desviam para questões de cunho pessoal”.

Apesar de negar prioridade à obra da ponte Salvador-Itaparica, Souto negou a descontinuidade de projetos do governador Jaques Wagner. “Eu não tenho a menor intenção de interromper projetos interessantes que foram feitos”, disse, citando a reforma do Teatro Castro Alves.

“O que estiver com recursos federais assegurados, que sejam projetos interessantes, evidente que quem quer que ganhe, se tiver o mínimo de juízo, vai continuar esses projetos”, afirmou.

Nesse contexto, Souto ainda criticou a atuação de Wagner quando assumiu o governo. “É como se a Bahia tivesse sido descoberta em 2007, que antes ninguém tinha feito nada”, disparou.
(A Tarde)

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